Director de comunicação do FC Porto suspenso por 22 dias

Francisco J. Marques associou o Benfica à agressividade de jogadores adversários sobre atletas do FC Porto. Clube também será multado.

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Inês Fernandes

Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, foi esta terça-feira suspenso pela Liga por 22 dias devido a declarações proferidas no programa Universo Porto da Bancada, do Porto Canal.

O dirigente portista confirmou a informação ao PÚBLICO, depois de o jornal Record ter associado esta punição a afirmações de Francisco J. Marques que, em Fevereiro, questionou a agressividade de certos futebolistas da Primeira Liga sobre jogadores do FC Porto, aludindo à hipótese de incentivos do rival Benfica.

O director de comunicação dos “dragões” recordou a lesão sofrida por Danilo Pereira no jogo contra o V. Setúbal, a 16 de Fevereiro: “Se há um clube que é capaz de violar o sistema informático de justiça, que é suspeito de prometer prémios para as equipas ganharem ou empatarem com os rivais, que é suspeita de pagar para vencer, eu também posso levantar suspeitas que podem estar a haver pagamentos para o que está a acontecer”.

Nesta terça-feira, o Benfica também foi multado pela Liga, por declarações contra a arbitragem numa newsletter divulgada em Janeiro.

Francisco J. Marques não pode invocar condição de jornalista, diz Comissão da Carteira

O Secretariado da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) divulgou esta terça-feira um comunicado a anunciar que repudia a atitude do director de comunicação do FC Porto perante o tribunal no caso dos “e-mails”.

Francisco J. Marques, explicou o organismo, tentou “declarar-se como jornalista e invocar interesse jornalístico” na divulgação de correspondência. “O director de comunicação do Futebol Clube do Porto, funções que, como bem sabe, são incompatíveis com a profissão de jornalista [e] está bem consciente desta incompatibilidade”, lembrou a CCPJ que ainda divulgou que o dirigente portista não revalida o título profissional de jornalista desde Fevereiro de 2012.

“A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista vai avaliar se as declarações de Francisco J. Marques proferidas em tribunal podem configurar crime”, concluiu a entidade.

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