Moçambique: 16 mil pessoas à espera do que lhes chega rio acima

O PÚBLICO esteve na vila de Búzi, em Moçambique, uma das zonas mais afectadas pelo ciclone Idai, onde 16 mil pessoas continuam isoladas e a depender da ajuda que chega pelo rio.

O PÚBLICO só conseguiu alcançar a vila com ajuda dos fuzileiros portugueses que foram entregar medicamentos e água potável rio acima, desde a cidade da Beira.

Toda a vila sede do distrito foi afectada pelas inundações. Sem excepção, todas as 16 mil pessoas de 4090 famílias foram atingidas. No distrito inteiro, onde vivem 177 mil pessoas, só escapou com estragos menores Chissinguana. “Quase a totalidade das pessoas ficaram afectados com o ciclone. Com as inundações foi a sede de distrito, Inharongué, Grudja, Estaquinha, Bandua e Guaguara”, disse ao PÚBLICO o director de Agricultura de Búzi, Miguel Rabeca.

“O assunto é sério. Nós vamos precisar de ajuda até à próxima campanha de 2019/2020. Só em Março de 2020 podemos sentir-nos sustentáveis. A segunda época não vai cobrir muito as necessidades do distrito. Para ter uma ideia, em anos normais, a segunda época era só em 10% das terras aráveis”, explicou Rabeca.

Leia aqui a reportagem completa em Búzi.