Tutela estuda carreira para nutricionistas mas sem efeito nesta legislatura

O repto ao Governo para a criação de uma carreira própria para os nutricionistas foi lançado pela bastonária Alexandra Bento.

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Congresso dos nutricionistas termina nesta sexta-feira. Na foto, a ministra da Saúde, Marta Temido, e Alexandra Bento, bastonária LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Ministério da Saúde está a estudar a criação de uma carreira própria para os nutricionistas que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas tal medida já não terá efeito nesta legislatura, disse fonte da tutela.

Em resposta à agência Lusa, a propósito do repto lançado nesta sexta-feira pela bastonária dos nutricionistas para a criação de uma carreira para estes profissionais que trabalham no SNS, o Ministério da Saúde disse que tal medida está a ser estudada, assim como a criação de outras carreiras, como a dos psicólogos.

A mesma fonte explicou que a medida não terá efeitos nesta legislatura, pois “há um Orçamento do Estado aprovado e para cumprir”.

O repto ao Governo para a criação de uma carreira própria para os nutricionistas foi lançado pela bastonária Alexandra Bento, na sessão de abertura do Congresso da Ordem dos Nutricionistas, que termina nesta sexta-feira na Culturgest, em Lisboa.

Segundo a responsável, os nutricionistas que trabalham no SNS têm carreiras distintas, mas fazem todos o mesmo trabalho, pelo que a criação de uma carreira própria seria mais uniforme e justo para estes profissionais.

Alexandra Bento disse também que os 400 nutricionistas que trabalham no SNS “continuam a ser poucos” e sublinhou que nas escolas a situação ainda é pior, com apenas dois destes profissionais.

“As escolas precisam de nutricionistas”, disse Alexandra Bento, frisando a necessidade de coerência nas medidas de prevenção adoptadas e dando como exemplo o facto de as máquinas de venda de refrigerantes e doces terem sido proibidas nas escolas, mas alguns bufetes escolares continuarem a oferecer estes produtos. “O mesmo Estado que legisla contra a publicidade dirigida aos jovens deve ter mão forte nas escolas”, acrescentou.

Alexandra Bento disse igualmente que “é necessária uma acção conjunta de políticas integradas em todas as áreas e afirmou que a própria Lei de Bases da Saúde, que está no Parlamento, deveria ter referências directas à alimentação saudável.

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