Portuguesa assassinada na Alemanha. Ex-namorado é o único suspeito

Médica e artista plástica tinha 32 anos. Foi assassinada à porta de casa, em Frankfurt, este domingo à noite. Um ex-namorado de nacionalidade alemã foi detido horas depois.

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miguel manso

Inês Terrahe, de 32 anos, médica e artista plástica, foi este domingo à noite assassinada em Frankfurt, na Alemanha, onde vivia. Um ex-namorado de nacionalidade alemã, apontado como único suspeito, foi detido horas depois. O Ministério Público alemão está a investigar.

Inês terá sido atacada com uma faca à porta de casa, numa das avenidas do Bairro de Bockenheim, no centro de Frankfurt. Vizinhos e amigos relataram ao jornal alemão Bild que a vítima era alvo de perseguição por parte do ex-companheiro, de 35 anos, que a terá esperado várias vezes à porta de casa e do trabalho ao longo dos últimos seis meses. Inês já teria feito várias queixas à polícia alemã e existia mesmo uma ordem de interdição que impedia o suspeito de se aproximar dela, contou ao Diário de Notícias uma amiga da vítima.

A médica tinha​ nascido na Holanda e crescido em Lisboa, tendo dupla nacionalidade. Depois de formada em Medicina na República Checa, voltou a Portugal para fazer o internato médico em Lisboa e especialização em Imunoalergologia no Porto, segundo o Correio da Manhã e o Jornal de Notícias. Estava na Alemanha desde 2017 para se tornar especialista em Dermatologia, trabalhando ao mesmo tempo em produção audiovisual.

O alegado homicida fugiu após a agressão e foi detido duas horas depois no Sul do estado de Hesse, segundo informação policial citada pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine.

A família da vítima está desde segunda-feira em contacto com o Consulado-Geral de Portugal em Estugarda, que tem colaborado com as autoridades policiais, dá conta a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.

Este ano, só em Portugal, dez mulheres foram assassinadas em contexto de violência doméstica ou de género. A maioria perdeu a vida em casa, de forma violenta, por companheiros, ex-companheiros e familiares. Entre o início de 2004 e o final de 2018, o Observatório das Mulheres Assassinadas, da UMAR — União de Mulheres Alternativa e Resposta, recolheu notícias sobre a morte de 503 mulheres neste contexto. Com Lusa

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