MNE português em Angola para afinar cooperação e preparar visita de Marcelo

Visita presidencial inicia-se com a presença do Presidente português no aniversário do seu homólogo angolano, João Lourenço.

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Augusto Santos Silva já está em Luanda LUSA/AMPE ROGÉRIO

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal cumpre esta sexta-feira uma visita de 24 horas a Angola, com o objectivo de afinar a cooperação bilateral e preparar a visita de Estado do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, no início de Março.

Em Luanda, onde se encontra desde o fim da tarde de quinta-feira, Augusto Santos Silva será recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, e terá encontros de trabalho com o homólogo angolano, Manuel Augusto, além de duas visitas a dois projectos de cooperação económica portuguesa.

O ponto alto da deslocação de Santos Silva, que regressa hoje à noite a Portugal, é a reunião de trabalho com uma delegação angolana em que serão limados os pormenores referentes à visita de Marcelo Rebelo de Sousa, bem como se definirá os contornos dos 24 acordos, memorandos e protocolos assinados durante as visitas de João Lourenço a Portugal, em Novembro de 2018, e do primeiro-ministro português, António Costa, a Angola, em Setembro do mesmo ano.

O chefe da diplomacia portuguesa é acompanhado na visita pelos secretários de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, que terão uma reunião com o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, antes do encontro das delegações.

Segundo Santos Silva afirmou na quinta-feira, depois de chegar a Luanda, o encontro dos secretários de Estado com o governante angolano é de "grande importância", uma vez que será abordada uma das questões que mais tem criado obstáculos ao investimento português em Angola, a regularização dos pagamentos atrasados às empresas.

Ainda na quinta-feira, Santos Silva participou, na residência do embaixador de Portugal em Luanda, João Caetano da Silva, num encontro privado com representantes do empresariado português em Angola, aos quais sublinhou a importância de, no actual quadro macroeconómico e orçamental angolano, os empresários portugueses terem "imensas oportunidades".

"Quero ouvir falar do passado e do presente, mas também do futuro, visto que a mensagem do Presidente João Lourenço no Fórum Económico no Porto [em Novembro de 2018] foi muito clara: 'Nós queremos que vocês nos ajudem a substituir as importações, que nos ajudem a consolidar a nossa economia e sobretudo que nos ajudem a diversificar a nossa economia, nós queremos investidores'. Essa mensagem, na sua clareza, desafia-nos a todos. Estamos de acordo com ela e temos de responder positivamente", disse Santos Silva.

O chefe da diplomacia salientou que Angola aprovou recentemente leis sobre o investimento e a concorrência, entre outras, que permitem aos empresários ir mais longe.

"O novo quadro macroeconómico e orçamental que se vive em Angola abre imensas oportunidades para as empresas portuguesas", sublinhou Santos Silva, lembrando que uma das questões mais importantes para o empresariado português é a questão da regularização dos pagamentos.

"[A mensagem a transmitir aos empresários portugueses] é muito simples. Como vêem, temos progredido bastante com o Presidente João Lourenço e essa é a melhor garantia de que continuaremos a progredir", referiu.

Antes de partir de regresso a Portugal, e na parte da tarde, o chefe da diplomacia portuguesa fará visitas ao Centro de Formação da empresa portuguesa Teixeira Duarte, em Talatona, e à Carpinangola, ligada à Casais, projecto que conta com o apoio da SOFID, próximo de Viana, arredores de Luanda.

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