Carros a baixa velocidade vão travar de forma automática para reduzir acidentes

O AEBS (advanced emergency braking systems) será obrigatório para os novos veículos a partir do próximo ano.

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Ideia é prevenir acidentes ou mitigar os seus efeitos Fábio Augusto

A União Europeia e vários países, como o Japão, num total de 40, chegaram a um acordo prévio para um regulamento ligado à ONU no qual se prevê a introdução de um novo sistema de travões automáticos para veículos de passageiros e ligeiros de mercadorias.

Este sistema, intitulado AEBS (do inglês advanced emergency braking systems), impõe requisitos que implicam travagens automáticas quando a velocidade for inferior a 60 quilómetros/hora.

O AEBS “vai activar a travagem para evitar um acidente, e ponto final. Não vai andar, vai travar”, afirmou um porta-voz da United Nations Economic Comission for Europe (UNECE), Jean Rodriguez, citado pela Reuters.

A adopção do novo sistema de travagem será obrigatório para os países que adoptem a directiva que será apresentada no próximo mês de Junho, e aplicado no terreno a partir de 2020. Em comunicado, a UNECE diz que o AEBS poderá salvar mais de mil vidas todos os anos dentro da União Europeia (UE), com destaque para as áreas urbanas.

O regulamento irá definir, de forma harmonizada, os requisitos do AEBS a aplicar a nível internacional, seja quando este for para ser usado para evitar o contacto entre dois veículos ou entre um veículo e um pedestre que esteja à sua frente.

Este sistema, que já existe em alguns veículos, usa sensores que monitorizam os outros carros e os peões, com um cálculo de velocidade e distância em que avalia se uma colisão está ou não iminente (à semelhança dos veículos autónomos, sem condutor, que estão a ser testados por empresas como a Waymo/Google, Uber e Tesla).

Se o condutor não responder ao alerta que é dado em caso de colisão iminente, é então accionado automaticamente o sistema de travagem “para evitar a colisão ou pelo menos mitigar os seus efeitos”.

A UNECE acrescenta também que está a estudar futuras alterações a este regulamento no sentido de alargar as condições em que o sistema pode proteger os peões, e incluir também os ciclistas, “que são muito mais difíceis de detectar do que os restantes veículos”.

O AEBS será aplicado em quatro milhões de novos carros por ano no Japão, valor que sobe para 15 milhões no caso da União Europeia (UE), diz o comunicado.

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