Jerónimo de Sousa evita estabelecer metas eleitorais
"Os portugueses decidirão", defendeu o líder comunista.
O secretário-geral do PCP evitou esta quinta-feira estabelecer metas de resultados eleitorais para a Coligação Democrática Unitária (CDU) em 2019, embora manifeste "um sentimento de confiança" porque "os portugueses decidirão".
"Temos um sentimento de confiança. Em relação às legislativas não esqueceremos o papel que a CDU [o PCP e o PEV] teve nesta fase, contribuindo para a reposição de rendimentos e direitos. Demos uma contribuição importantíssima que esperamos que os portugueses reconheçam. Compreenderá que eu não me posso substituir ao juízo de valor dos portugueses. Os portugueses decidirão", afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista respondia a jornalistas sobre os objectivos de número de mandatos e percentagem de votos, na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião com dirigentes da Associação Intervenção Democrática, que integra a CDU, tal como "Os Verdes" e cidadãos independentes.
"A importância de participarmos nestas três batalhas que aí estão - Parlamento Europeu, Região Autónoma da Madeira e legislativas -, num quadro onde se perspectiva o reforço da CDU como uma força eleitoral que procura corresponder ao papel que tivemos nesta nova fase da vida política nacional, de reposição de rendimentos e direitos, numa perspectiva de que é preciso, é necessário, é possível andar para a frente. Este vai ser o lema da CDU", resumiu o secretário-geral comunista sobre o encontro.
Jerónimo de Sousa destacou as "contribuições muito positivas" dos eurodeputados eleitos pela CDU nos últimos cinco anos em relação aos "fundos comunitários, agricultura, pescas, problemas da industrialização".
"Estamos sustentados, designadamente em relação às eleições para o Parlamento Europeu, no trabalho notável realizado pelos nossos três deputados, onde procurámos dar uma contribuição importante na defesa do interesse nacional", disse.