Todos emagreceram na Liga portuguesa, mas só alguns é que engordaram

FC Porto e Sporting estiveram bastante activos durante este mês em entradas e saídas. Benfica e Sp. Braga só trataram de arrumar a casa. Portimonense vai ganhar o jackpot com Nakajima.

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Sérgio Oliveira LUSA/MANUEL ARAÚJO

A Liga portuguesa também seguiu a tendência do mercado internacional. Não houve muitos investimentos, mas houve muitos acertos, sobretudo no que diz respeito a saídas. Entre os primeiros, houve quem tenha contratado mais (FC Porto e Sporting) e quem não tenha contratado ninguém (Benfica e Sp. Braga). E há um grande negócio em perspectiva a Sul, com a venda milionária de Nakajima para o Al-Duhail, no Qatar. A transferência do japonês está garantida, resta saber quanto irá ganhar o Portimonense, falando-se de 35 milhões.

O FC Porto vai no comando do campeonato e, sem fazer uma grande revolução, foi cirúrgico nas suas contratações. Garantiu o regresso de Pepe a custo zero e fez aquilo que costuma fazer bem, contratar dentro de portas. Já teve rendimento com Fernando Andrade, contratado ao Santa Clara, e ganhou uma óptima opção para os flancos, com Wilson Manafá (ex-Portimonense), garantindo ainda, por empréstimo, o promissor médio senegalês Loum, que fez a primeira parte da temporada no Moreirense (por cedência do Sp. Braga), e que tem uma cláusula de compra fixada em 7,5 milhões. Mas não foram só compras no reino do dragão, que também emagreceu com as cedências de Sérgio Oliveira (PAOK) e Chidozie (Rizespor) e o fim do empréstimo de Bazoer.

O Benfica não contratou ninguém para a equipa principal e emagreceu bastante o plantel, com as cedências de muitos jogadores que tinham chegado no Verão. O chileno Castillo irá para os mexicanos do América, por uma verba a rondar os sete milhões, enquanto Alfa Semedo e Ferreyra vão rodar para o Espanyol de Barcelona. O central argentino Lema também deverá ir rodar para o Peñarol, do Uruguai, enquanto Bruno Varela, que passou de titular na época passada a terceira opção na baliza benfiquista, vai tentar a sua sorte no Ajax.

O Sporting, por seu lado, foi igualmente activo em entradas e saídas. Já tinha garantido no início do mês Luiz Phellype (ex-Paços) e o regresso de Francisco Geraldes (ex-Eintracht) e foi anunciando nos últimos dias Doumbia (ex-Grozny), Ilori (ex-Reading) e Borja (ex-Toluca). Os “leões” também conseguiram colocação para muitos dos seus excedentários, como Bruno César (Vasco da Gama), Viviano (SPAL), Misic (PAOK), Marcelo (Chicago Fire) ou Mané (Union Berlin), mantendo ainda Alan Ruiz na Argentina (cedido ao Aldosivi). O único encaixe financeiro significativo foi a venda de Demiral por 3,5 milhões ao Alanyaspor (exerceu a opção de compra por este valor), que imediatamente o revendeu ao Sassuolo pelo dobro. Por definir está o destino de Marcos Acuña, desejado por Zenit e Boca Juniors, mas nenhum atingiu ainda os 20 milhões que o Sporting pede.

Fora dos quatro primeiros, destaque para o regresso de Rúben Semedo ao futebol português, depois de uma saída muito problemática para Espanha – o antigo central do Sporting foi cedido pelo Villarreal ao Rio Ave, que também garantiu o regresso de Felipe Augusto. Outra contratação sonante foi a do guarda-redes internacional japonês Shuichi Gonda por parte do Portimonense, o quarto jogador nipónico no plantel dos algarvios.

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