"Coletes amarelos" em Lisboa e Porto desmobilizam sem registo de incidentes

O protesto deste sábado é o segundo em Portugal, depois deem Dezembro várias concentrações terem tido uma fraca adesão.

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Manifestantes no Porto, no protesto de Dezembro NELSON GARRIDO

Os protestos dos "coletes amarelos" levados a cabo este sábado em Lisboa e no Porto terminaram a meio da tarde, sem que se tenha registado qualquer incidente.

Segundo disse à agência Lusa a Direcção Nacional da PSP, em Lisboa, pelas 17h, os 60 manifestantes que ainda se concentravam junto à rotunda do Marquês de Pombal e em frente à Presidência da República, em Belém, começaram a desmobilizar.

Já no Porto, os cerca de 50 "coletes amarelos" que desde esta manhã estiveram concentrados realizaram à tarde um desfile por algumas ruas da cidade, manifestando-se contra a corrupção em Portugal.

Depois de terem passado toda a manhã na Avenida dos Aliados, os manifestantes iniciaram cerca das 15h um desfile até à zona da Ribeira, sempre acompanhados por agentes da PSP.

Transportando faixas onde se lia "lutamos pelos portugueses", "basta de corrupção" e "exigimos justiça", os "coletes amarelos" fizeram o percurso em fila indiana pelos passeios e gritaram "corrupção aqui não".

Ruidosos, mas pacíficos, os manifestantes regressaram em marcha lenta à baixa da cidade, distribuindo panfletos e com lamentos pelo "desinteresse dos sindicatos".

Acompanhados por cerca de 20 agentes da PSP, terminarem o desfile na Avenida dos Aliados, onde, após uma breve reunião para combinar a concentração da próxima semana, acabaram por desmobilizar.

Durante a manhã, concentraram-se cerca de 40 manifestantes em Aveiro e 15 na cidade de Braga, que distribuíram panfletos.

Em Aveiro, os "coletes amarelos" concentraram-se pelas 10h na rotunda do Rato, na antiga Estrada Nacional n.º 109, e caminharam depois em direcção ao Mercado Manuel Firmino.

Em Faro, outra das cidades em que estava previsto haver concentração, a Lusa constatou esta manhã não haver manifestantes na Avenida 5 de Outubro, apenas agentes policiais e jornalistas.

O protesto deste sábado é o segundo em Portugal, depois de no dia 21 de Dezembro várias concentrações terem tido uma fraca adesão, apesar de provocarem constrangimentos no trânsito em algumas cidades.

Os protestos têm sido convocados através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários em França, propondo, por exemplo, reduções de impostos ao nível dos combustíveis, da electricidade e das micro e pequenas empresas, bem como o aumento do salário mínimo e das reformas.

Em Dezembro, quatro pessoas foram detidas em Lisboa, por resistência e coação às autoridades, e 24 manifestantes foram identificados em todo o país, segundo a PSP.

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