Governo diz que 2018 é o melhor dos últimos dez anos em apoio ao investimento

A AICEP assina, esta quinta-feira, cinco novos contratos. Valor do ano inteiro ascende a 1149 milhões

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Miguel Manso

O ano 2018 é o melhor dos últimos dez anos em apoio ao investimento. Segundo dados da Secretaria de Estado da Internacionalização fornecidos ao PÚBLICO, os contratos de investimento deste ano entre a AICEP e empresas ascendem a 1149 milhões de euros e podem criar 4323 novos postos de trabalho.

Hoje, o primeiro-ministro preside, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, à assinatura de cinco novos contratos, alguns novos e outros de reforço, como é o caso da espanhola Font Salem (refrigerantes) ou da canadiana Somincor (minas). Os outros dizem respeito a três novas fábricas de componentes automóveis de uma empresa sul-coreana, uma francesa e de outra portuguesa.

Desde 2010, o melhor ano em termos de investimento contratualizado tinha sido 2014 com 1086 milhões de euros, seguindo-se 2016 com 827 milhões de euros. A curva volta a aumentar este ano.

"É um ano extraordinário em termos de contratualização. E já temos em pipeline 2,5 mil milhões de euros de 21 origens diferentes", afirmou ao PÚBLICO o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

Se virmos por sector, verifica-se que, em volume de investimento ao longo de 2018, está em primeiro lugar a indústria automóvel, depois as minas, indústria da pasta e do papel e os serviços. "Há duas razões para estarmos a ter um ano bom: um grande esforço de angariação por parte do AICEP e a diplomacia económica, o que levou a investimentos de 1dez origens diferentes, e o facto de o país estar a viver um bom ambiente", explica o governante.

"Portugal não capta apenas projectos que disputa com Espanha e os países de Leste, principalmente a nível de serviços", acrescenta, destacando a "grande confiança" dos investidores na economia, o facto de considerarem Portugal "uma boa plataforma de investimento na zona euro" e ter recursos humanos "qualificados".

O que os números de 2018 também mostram é que a origem do investimento é muito diversificada: Portugal, Canadá, Espanha e Coreia do Sul, por esta ordem, tendo havido contratos com empresas de 12 nacionalidades.

Há que notar que os contratos assinados não significam investimento 100% garantido. Às vezes, há projectos que acabam por ser reajustados ou cancelados, sendo que, segundo Eurico Brilhante Dias, essas mudanças registaram-se mais nos anos em que Portugal esteve sob o programa de assistência financeira da troika.

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