Estudantes exigem mais cantinas com refeição social na Universidade de Coimbra

Movimento de estudantes entregou um abaixo-assinado na reitoria da UC em que exigem a inclusão de refeição social nas Cantinas Amarelas, que devem voltar a funcionar em 2019.

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Nelson Garrido

O movimento Agitar a Academia entregou na reitoria da Universidade de Coimbra um abaixo-assinado com cerca de 800 assinaturas em que é exigida uma maior oferta de cantinas com refeição social, para encurtar o tempo de espera.

O abaixo-assinado exige a inclusão de refeição social (custo fixo de 2,4 euros) nas Cantinas Amarelas, encerradas desde 2013 para requalificação e que deverão voltar a funcionar no início de 2019, bem como a reabertura dos restantes espaços que foram encerrados.

"Os tempos de espera [à hora de almoço] podem ser de 20 a 40 minutos", disse à Lusa o estudante Miguel Mestre, membro do movimento Agitar a Academia, sublinhando que alguns alunos optam por não comer nas cantinas no Pólo I (zona da Alta de Coimbra) ou acabam por chegar atrasados às aulas.

Segundo o membro do movimento, há falta de cantinas face ao número de utilizadores, registando-se também "falta de funcionários". "As Cantinas Amarelas, que deverão reabrir em Fevereiro, não vão ter refeição social. Foi um feito investimento novo para uma coisa que não vai resolver o problema de fundo", criticou.

No abaixo-assinado, o movimento recorda que, nos últimos anos, "foram encerradas três cantinas no Pólo I e toda a procura que estas cantinas tinham foi-se concentrando nas outras". "Hoje, para qualquer estudante, é notória a incapacidade de resposta das cantinas a uma procura tão elevada. As filas são longas e uma constante e os estudantes perdem assim uma boa parte da sua hora de almoço na fila", salienta o documento.

No site da Universidade de Coimbra, é referido que as novas Cantinas Amarelas "não serão uma cantina tradicional, mas antes um espaço polivalente e multicultural". Em 2016, o reitor da instituição, João Gabriel Silva, referia que a requalificação daquele espaço teria um custo de cerca de 800 mil euros.

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