Independentistas catalães presos põem fim à greve de fome

Sànchez, Turull, Forn e Rull colocam ponto final no protesto ao fim de 20 dias, por entenderem que cumpriu os seus objectivos. Presidente da Generalitat reúne-se hoje com o líder do Governo Pedro Sánchez.

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Manifestação de solidariedade com os políticos catalães detidos, em Barcelona EPA/ANDREU DALMAU

Jordi Sànchez, Jordi Turull, Josep Rull e Quin Forn anunciaram esta quinta-feira que abandonaram a greve de fome a partir da prisão de Lledoners, onde se encontram detidos preventivamente devido ao envolvimento no processo secessionista na Catalunha. Iniciado há 20 dias, por Sànchez e Turull, e há 17 dias, por Forn e Rull, o protesto tinha como objectivo denunciar o bloqueio sistemático dos seus recursos e do acesso à justiça europeia, por parte do Tribunal Constitucional. 

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Jordi Sànchez, Jordi Turull, Josep Rull e Quin Forn anunciaram esta quinta-feira que abandonaram a greve de fome a partir da prisão de Lledoners, onde se encontram detidos preventivamente devido ao envolvimento no processo secessionista na Catalunha. Iniciado há 20 dias, por Sànchez e Turull, e há 17 dias, por Forn e Rull, o protesto tinha como objectivo denunciar o bloqueio sistemático dos seus recursos e do acesso à justiça europeia, por parte do Tribunal Constitucional. 

A divulgação recente de um calendário detalhado para os referidos recursos foi o mote para os quatro políticos independentistas desistirem da greve.

A decisão de Sànchez, Turull, Rull e Forn, membros do Junts per Catalunya (JxCat), foi tomada na sequência da divulgação, na quarta-feira de uma carta aberta, assinada por diversos detentores e ex-detentores de cargos políticos na Catalunha, incluindo o actual presidente da Generalitat Quim Torra e quatro ex-presidentes, na qual se suplicava que os detidos preservassem “as suas vidas e saúde”, para estarem em plenas condições para participar, “mais tarde”, no “futuro político do país”.

O anúncio do fim da greve de fome foi feito esta quinta-feira pela porta-voz dos presos catalães, Pilar Calvo, que fez uma actualização da sua condição física: “O estado de saúde é bom. Vão agora entrar na enfermaria para terem um acompanhamento rigoroso e iniciar uma dieta que ao início será líquida. Perderam entre 10 a 11% da sua massa corporal”, revelou, citada pelo jornal Vanguardia.

No passado fim-de-semana, Jordi Turull teve de ser transferido para a enfermaria devido ao deterioramento do seu estado de saúde.

O fim do protesto acontece no mesmo dia em que Quim Torra se vai encontrar com o presidente do Governo espanhol, no Palácio de Pedralbles, em Barcelona. Pedro Sánchez desloca-se à cidade condal devido ao agendamento para sexta-feira de um Conselho de Ministros, cuja realização será acompanhada por protestos, que os quatro detidos esperam que sejam “pacíficos”.

“Em coerência com o nosso compromisso com a não-violência, solicitamos que uma atitude cívica e pacífica encha amanhã as ruas da capital do país, para que se faça escutar, uma vez mais, a voz colectiva a favor da liberdade, do pleno exercício dos direitos fundamentais e que se respeita a vontade de autodeterminação do povo da Catalunha”, defenderam em comunicado.

O antigo líder do Governo catalão Carles Puigdemont também pediu uma manifestação ordeira em Barcelona. O apelo do ex-presidente da Generalitat – auto-exilado na Bélgica – foi feito esta quinta-feira em Genebra, na Suíça, onde apresentou ao Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas uma denúncia à violação dos direitos políticos dos deputados do parlamento catalão, por parte da justiça espanhola.

Marta Rovira, secretária-geral da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e Maria Sirvent, deputada da Candidatura de Unidade Popular (CUP), acompanharam Puigdemont.