As beatas envenenam

Há autarquias (como Leiria) que já proibem e multam bem. Em Londres é um crime.

Às vezes o título diz tudo. Aquele que Sebastião Almeida arranjou para a reportagem dele no P3 do PÚBLICO foi: "A luta de Jade Freire é tirar as beatas do chão e expô-las como resíduo tóxico".

As beatas, sobretudo os filtros onde foram capturadas as porcarias mais cancerígenas, estão cheias de venenos que as chuvas levam para toda a parte, incluindo o mar que já está farto das beatas que as bestas deixam nas praias.

Jade Freire diz, com triste razão, que faz parte da nossa cultura atirar a beata para o chão. Os condóminos queixam-se que as pessoas deitam fora os cigarros antes de entrar no prédio ou saem para fumar ao pé da porta, criando assim uma fumarada horrível que ataca quem entra e quem sai.

Não lhes ocorre reparar que a selvajaria está em deitar a beata para o chão, seja onde for. Hoje em dia por cinco euros compram-se excelentes cinzeiros portáteis que apagam os cigarros e mantêm-nos bem vedados, sem deixar escapar qualquer cheiro ou calor.

Assim como se tem de levar saquinhos para recolher os cocós do cão também os fumadores têm de habituar-se a andar com cinzeiros portáteis para não poluirem os espaços públicos.

Não poderiam as empresas de tabaco oferecer estes estojos aos fumadores? Tenho a certeza que a maioria deles, caso dispusessem de um cinzeiro, ficaria contente por poder desfazer-se da beata de uma maneira responsável.

Há autarquias (como Leiria) que já proibem e multam bem. Em Londres é um crime: "no ifs, no butts". De que é que as outras câmaras estão à espera?

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