Universidade de Aveiro dá nova vida a área técnica do campus

A zona que a comunidade académica foi apelidando de “catacumbas” ganha esta quarta-feira dois novos espaços: uma sala de estudo que estará aberta 24 horas por dia e uma sala intercultural

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Adriano Miranda
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Mais do que oferecer à comunidade académica duas novas salas e serviços, a reitoria da Universidade de Aveiro (UA) pretende implementar um novo conceito de vivência dos espaços universitários. Esta quarta-feira, a partir da inauguração de uma nova sala de estudo (aberta 24 horas por dia) e de um espaço dedicado aos alunos de nacionalidade estrangeira e à interculturalidade, será, então, lançada a proposta “Viver a UA”. Uma aposta que visa “demonstrar que todos os espaços da UA são bons para haver partilha de experiências, de conhecimentos, actividades culturais, desportivas, fomentar o bem-estar e o gostar de estar na universidade e no campus”, realçou ao PÚBLICO a vice-reitora Alexandra Queirós.

Por ora, e a partir da sessão pública agendada para a tarde desta quarta-feira, o desafio passa por levar os estudantes para a área técnica do campus de Santiago, por baixo da praça central, conhecida no seio da comunidade académica como “catacumbas”. “Criaram-se espaços mais abertos, capazes de promover o trabalho autónomo e interdisciplinar entre os alunos, várias actividades culturais e criativas, aproveitando todos os espaços que existem ali naquela zona”, notou, ainda, a vice-reitora.

Recentemente, aquela área ficou com mais espaços livres, por força da restruturação de alguns serviços e do encerramento de outros. Foi o caso da agência da Caixa Geral de Depósitos, que acabou por encerrar, e da loja dos CTT, que ficou limitada a um balcão a funcionar na Livraria da UA. Agora, esta zona situada “no coração do campus” passa a acolher novos serviços e vivências com a abertura da E24 – Estudo 24 e do espaço UAI – Universidade de Aveiro Intercultural. A E24 acaba por surgir na sequência da experiência já levada a cabo em alguns departamentos da universidade, sendo que esta nova sala de estudo se destaca pela sua centralidade. A segunda proposta é novidade absoluta num campus onde convivem, diariamente, “quase 90 nacionalidades” diferentes, segundo referiu Alexandra Queirós.

A ideia é que o espaço UAI “sirva de hub para a promoção de um conceito de uma universidade intercultural. Ou seja, queremos que este seja um serviço de orientação aos estudantes de nacionalidade estrangeira e também uma montra da diversidade cultural que acaba por existir nos próprios campi da UA”, desvendou a vice-reitora. Na prática, pretende-se que aquele também seja um espaço para “actividades, exposições, concertos, espaços de formação e competências que promovam a verdadeira integração destes alunos internacionais com a restante comunidade académica”, acrescentou aquela responsável.

Nesta zona interior da praça central da UA, a comunidade académica também irá encontrar um jardim interior. Na verdade ele já lá estava mas, agora, ganhou uma nova visibilidade. “Muita gente desconhecia que existia ali um jardim interior e que se chama Jardim Zeca Afonso”, começou por admitir Alexandra Queirós. “O que fizemos foi, literalmente, derrubar barreiras: demolimos uma parede para permitir a iluminação natural desse espaço interior”, sublinhou.

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