Operação Todos-os-Santos: 16 mortos nos últimos três anos

Nas acções de fiscalização destes dias a GNR vai estar atenta a uma infracção para a qual tem feito várias campanhas de sensibilização: a obrigação dos condutores seguirem na via mais à direita quando esta está livre. Violação da regra já levou a GNR a passar 1442 multas este ano.

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CARLOS LOPES

Morreram 16 pessoas e 34 ficaram gravemente feridas na sequência de acidentes rodoviários ocorridos durante as últimas três operações Todos-os-Santos, da GNR. Este ano, uma vez mais, o patrulhamento das estradas nacionais é reforçado, numa operação que começou nesta quarta-feira e se prolonga até domingo. É que são muitos os portugueses que aproveitam o feriado do 1 de Novembro, que antecede o Dia dos Finados, para percorrem muitos quilómetros até às terras natais para visitarem os cemitérios onde estão sepultados familiares. 

O maior número de mortos (sete) ocorreu na operação de 2016, que, como a deste ano, se prolongou por cinco dias. Isto porque o feriado permitia igualmente fazer um fim-de-semana prolongado.

No ano passado registaram-se cinco vítimas mortais nos dois dias da operação e em 2015 quatro pessoas perderam a vida.

Nas acções de fiscalização deste ano a GNR vai estar atenta a uma infracção para a qual tem feito várias campanhas de sensibilização: a obrigação dos condutores seguirem na via mais à direita quando esta está livre. A infracção, punida com multa entre os 60 e os 300 euros, já levou a GNR a passar mais de 1400 multas este ano. “Relativamente à não circulação na via mais à direita, em 2018 e até ao dia 30 de Outubro, a GNR registou 1442 infracções, as quais foram traduzidas no levantamento dos respectivos autos de contraordenação”, adianta aquela força de segurança ao PÚBLICO.

Para evitar acidentes, a GNR apela aos automobilistas para adequarem a velocidade ao tipo de estradas e às condições de circulação e a cumprirem as regras nas manobras de ultrapassagem e de cedência de passagem.

Realça igualmente a importância de utilizar o cinto de segurança, de não ingerir álcool nem usar o telemóvel durante a condução.

Este ano já morreram 407 pessoas

Este ano, até 21 de Outubro, já morreram 407 pessoas em acidentes rodoviários em Portugal continental, de acordo com os dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. O número é sensivelmente igual (menos um morto) ao ocorrido no mesmo período do ano passado, apesar de este ano ter subido o número de acidentes nas estradas. Até 21 de Outubro registaram-se 105.107 desastres, o que significa um crescimento de 1,6% face a 2017.

Numa percentagem mais alta (6%), mas no sentido inverso, o número de feridos graves baixou para 1671. Também os feridos ligeiros diminuíram para 32.499, um recuo de 2,3% relativamente ao ano passado.

Estes dados além de provisórios só entram em conta com as mortes ocorridas no local do acidente ou durante o transporte para uma unidade de saúde. Os dados mais recentes das vítimas que morreram nos 30 dias seguintes ao acidente, uma métrica que nos permite comparar os dados da sinistralidade rodoviária com outros países da União Europeia, dão conta que entre Janeiro e Março morreram 125 pessoas em acidentes nas estradas nacionais, mais oito do que no primeiro trimestre do ano passado, mas menos 16 do que no mesmo período de 2016.

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