Ana Margarida de Carvalho vence Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco

A escritora e jornalista já recebeu também, por duas vezes, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.

Foto
Ana Margarida de Carvalho Daniel Rocha

O livro Pequenos Delírios Domésticos, de Ana Margarida de Carvalho, venceu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o apoio da Câmara de Vila Nova de Famalicão.

"Um júri constituído por Cândido Oliveira Martins, Fernando Batista e Isabel Cristina Mateus decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao livro Pequenos Delírios Domésticos, de Ana Margarida de Carvalho", lê-se no comunicado da APE, divulgado esta segunda-feira.

Segundo o júri, "trata-se de um conjunto de contos que surpreende o leitor pela invulgar actualidade temática e sociológica (dos incêndios que devastaram o país, em 2017, aos dramas íntimos de portugueses convertidos ao estado islâmico, de refugiados sírios num lar de velhos ou de uma mulher tunisina que dá à luz num barco apinhado de gente durante a travessia do Mediterrâneo, entre outros)".

A escritora alia a estas histórias "um notável trabalho de precisão e depuramento da palavra e, acima de tudo, a um olhar atento aos dramas humanos, independentemente do lugar mais ou menos doméstico que lhes serve de palco", afirma o júri, em acta, citada pela APE.

A estreia literária de Ana Margarida de Carvalho, Que Importa a Fúria do Mar, valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela da APE em 2013, que voltou a receber em 2016 com Não se pode morar nos olhos de um gato, que foi também distinguido com o Prémio Manuel Boaventura.

Jornalista, Ana Margarida de Carvalho foi finalista este ano do Prémio P.E.N. na categoria Narrativa, com esta sua primeira obra de contos.

O Grande Prémio, com o valor pecuniário de 7.500 euros, é patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e será entregue em data a anunciar, segundo a mesma fonte.

O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco foi instituído em 1991 pela APE e "destina-se a distinguir uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, 1.ª edição, no decurso do ano de 2017".

Sugerir correcção
Comentar