Um conto sobre “diferentes formas de ver” valeu a Sara um prémio literário

Sara Brandão, 20 anos, estuda design de comunicação no Porto e escreve nos tempos livres. É a vencedora da quarta edição do Prémio Literário Nortear, dirigido a jovens escritores na região Norte de Portugal e Galiza.

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Ana Brandão

Sara Brandão, 20 anos, escreve "para espairecer". E foi de um desses momentos que surgiu Ver, o conto sobre um fotógrafo cego que ganhou o Prémio Literário Nortear, um concurso anual aberto a jovens escritores galegos e do Norte de Portugal. 

À quarta edição concorreram 31 candidatos, com idades entre 16 e os 36 anos. Além do prémio no valor de 2000 mil euros, a organização compromete-se a "assumir os custos da publicação" de pelo menos 500 exemplares da obra vencedora numa edição bilingue — português e galego — e a realizar acções de divulgações das obras premiadas.

O conto vencedor versa "sobre as diferentes formas de ver", explica a estudante de Design de Comunicação, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Escreveu-o quando estava em Sófia, na Bulgária, a fazer Erasmus (e a ler um diário de uma outra viagem, onde tinha apontado a ideia do conto). Em Abril, reuniu a coragem necessária para o enviar.

O júri premiou a "escrita perfeita, a estrutura bem arquitectada, com uma base sólida, mantendo uma irrepreensível coerência textual", refere o comunicado da Direcção Regional de Cultura do Norte.

O Prémio Literário Nortear para Jovens Escritores é promovido pela Consellería de Cultura da Xunta de Galicia, pela Direcção Regional de Cultura do Norte e pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galicia — Norte de Portugal. 

Os objectivos são "distinguir anualmente obras literárias originais, incentivar a produção literária entre a juventude galega e portuguesa e favorecer a circulação e distribuição de obras literárias entre a Galiza e Portugal, para reforçar o diálogo cultural entre os dois territórios", descreve a organização.

O júri é presidido pela directora do Instituto Camões, Carla Sofia Amado, a quem se juntou David Pontes, director-adjunto do PÚBLICO, Paula Carballeira, escritora galega, Armando Requeixo Cuba, escritor galego, e Carlos Lopes, editor da Edita-me.

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