Bolsonaro operado de novo, mas encontra-se estável

Seis dias depois do atentado, o candidato da extrema-direita foi submetido a uma cirurgia de emergência ao intestino. Médicos dizem que a intervenção correu bem.

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Com o candidato internado, os apoiantes do PSL e de Bolsonaro continuam a manifestar-se nas ruas. LUSA/SEBASTIÃO MOREIRA

O candidato de extrema-direita à presidência do Brasil Jair Bolsonaro foi submetido a uma nova intervenção cirúrgica, seis dias depois de ter sido apunhalado no abdómen, anunciou esta quinta-feira o hospital onde está internado. A operação, desta vez ao intestino delgado, durou cerca de uma hora.

O boletim clínico do Hospital Albert Einstein divulgado por volta das 23h de ontem, quando Bolsonaro estava ainda na sala de operações, explicava que a cirurgia de emergência foi decidida depois de o candidato do Partido Social Liberal (PSL) ter apresentado um "quadro de distensão (inchaço) abdominal progressiva e náuseas ao longo do dia".

Uma ressonância magnética "mostrou uma aderência que está a obstruir o intestino delgado" e que necessita de uma "intervenção cirúrgica", descreveu o hospital. No final da intervenção, os médicos anunciaram que foi bem-sucedida. Haverá novo boletim na manhã desta quinta-feira.

O Estadão cita o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que, à porta do hospital, afirmou que a cirurgia correu bem e que até foi mais curta do que as duas horas inicialmente previstas. "Graças a Deus correu tudo bem".

O mesmo fez um dos filhos de Jair Bolsonaro, que desde há uma semana tem falado nas redes sociais sobre o estado de saúde do pai. "A cirurgia de emergência acabou bem, graças a Deus!", escreveu Flavio Bolsonaro no Twitter.

O candidato do PSL, que foi atingido na quinta-feira passada por uma facada quando fazia campanha em Minas Gerais, está na frente nas sondagens sobre as eleições de 7 de Outubro, com 22% das intenções de voto.

Bolsonaro, de 63 anos, tem defendido o porte de armas e que o combate à violência no Brasil, país que atingiu a marca de 63.800 homicídios em 2017, deve ser feito de forma violenta pelas autoridades.

A polícia brasileira deteve o autor confesso do ataque, que disse ter agido “sob o comando de Deus" e atribuiu o crime às suas diferenças políticas e religiosas com a extrema-direita.

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