IBM e transportadora Maersk atraem 94 entidades para plataforma de blockchain

Tecnologia foi testada ao longo de 12 meses, mas continua em fase experimental.

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A plataforma está ainda numa fase experimental Reuters/BRENDAN MCDERMID

A IBM e a transportadora Maersk anunciaram ter conseguido o interesse de portos, autoridades fronteiriças e empresas de transportes para uma plataforma experimental para registar o percurso de cargas e que funciona em blockchain, a tecnologia de base de dados distribuída na qual assenta a bitcoin.

Ao todo, 94 entidades estão a usar, ou têm planos para o fazer, a plataforma TradeLens, que foi desenvolvida conjuntamente pela IBM e pela Maersk e que, segundo as duas empresas, permite reduzir o número de passos necessários, o tempo gasto e os custos para localizar uma determinada carga.

A blockchain é uma base de dados descentralizada, que foi inventada com a bitcoin, há quase dez anos. Permite que todas as partes envolvidas tenham acesso à informação e possam aceder ao histórico completo de registos, sem necessidade de um elemento central de confiança. Salvo no caso de ataques, os registos numa blockchain são imutáveis. A tecnologia suscitou interesse (incluindo por parte da banca) à boleia da popularidade da bitcoin – mas ainda são muito escassas as aplicações da tecnologia, para lá das múltiplas criptomoedas que se seguiram à bitcoin.

Entre as entidades interessadas em usar a TradeLens estão os portos de Halifax (no Canadá), Roterdão (Países Baixos) e Bilbao (Espanha), e as autoridades da Arábia Saudita, Países Baixos, Singapura, Austrália e Peru.

A plataforma esteve a ser testada ao longo de 12 meses, mas continua ainda numa fase experimental. A IBM e a Maersk pretendem que seja um produto comercial no final do ano. O objectivo é substituir sistemas como o email e o fax, que as duas empresas afirmam serem ainda frequentemente usados no sector.

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