Entre Copos e Chávenas também há petiscos, chocolates e chá

Nesta cafetaria e bar da cidade de Aveiro, à hora de almoço vale a pena deixar que o chef mostre que ele “é que sabe”, com a garantia de que os seus gostos pessoais serão respeitados.

Janela, cadeira
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Adriano Miranda
Prateleira, janela, estante
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Primeiro, vieram as chávenas - mais concretamente o chá -, e só depois os copos, mas a união tem vindo a resultar na perfeição. Com um lema muito especial: mais do que clientes, esta cafetaria e bar de tapas da cidade de Aveiro recebe “amigos”. No fundo, o que se pretende é a concretização do lema “Good friends, good wine, good times” [bons amigos, bom vinho, bons momentos], anunciado numa placa instalada no topo de um dos armários do espaço. No Entre Copos e Chávenas há propostas para petiscar, almoçar ou lanchar, acompanhadas de um bom vinho ou um chá – as estrelas da casa, claro está.

Instalada naquela que é conhecida como a Rua Direita (na realidade chama-se Rua dos Combatentes da Grande Guerra), esta cafetaria e bar integra a loja de chá que está ao serviço dos aveirenses desde 2003. “Foi-se adaptando, mudando de localização e, há três anos, passou a fazer parte deste projecto mais abrangente”, explica Gabriela Faria, uma das proprietárias do estabelecimento. O catálogo da loja tem “cerca de 140 variedades de chás” e também mantém essa “aposta inicial”, frisa Gabriela Faria, nos chocolates. “Somos fiéis aos bombons belgas, mas também estamos a trabalhar com marcas portuguesas como a Feitoria do Cacau e a Pedaços de Cacau”, acrescenta.

Na componente de cafetaria e bar de tapas, as propostas tradicionalmente portuguesas (ou até mesmo regionais) também convivem na perfeição com algumas sugestões importadas, como é o caso do “Chá para dois”, tão ao estilo britânico (scones, tostas, bolo, queijo, compota, manteiga e bule de chá). Uma opção que é recebida com agrado mas que, ainda assim, parece estar ainda longe de alcançar o sucesso do “Leitão no pão” (uma sanduíche de leitão, com batatas fritas e laranja), que é servido à sexta-feira. “É uma aposta ganha da casa”, assegura Jerónimo Gonçalves, que, além de ser outro dos proprietários do espaço, é quem manda na cozinha e gosta de anunciar aos clientes que “O chef é que sabe”. “Todos os dias, temos uma proposta para almoço que fica ao meu critério. As pessoas só têm de dizer o que não gostam ou não podem comer. Depois, eu faço o resto”, desvenda.

Além de ter uma boa dose de criatividade, a proposta do chef também consegue ser bem económica. Com sopa, prato principal, bebida e café, fica a seis euros. E saborosa – a avaliar pelas chamuças vegetarianas e salada de vegetais com massa fusili que tivemos a oportunidade de provar quando por lá passámos.

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Fazem ainda parte do menu da casa as sanduíches (presunto, frango, conservas, etc.), os crepes (salgados e doces), as tostas e doçaria variada: natas, queijadas, bolo da avó e … O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo. “Já somos representantes da marca, em Aveiro, há 12 anos, ou seja, começámos na Loja de Chá. As pessoas adoram este bolo”, realça Gabriela Faria.

A aposta nos pequenos e grandes detalhes

A decoração do Entre Copos e Chávenas transporta-nos para as mercearias de outros tempos, com grandes móveis de madeira maciça, balanças de pesos e caixas antigas. “Porque o espírito é o das lojas antigas. As pessoas entram e não vêm só comprar ou consumir”, justifica Gabriela Faria. “Os clientes nunca vão daqui sem conversa”, acrescenta, por seu turno, Jerónimo Gonçalves, ao mesmo tempo que assegura que, “mais do que clientes”, têm “amigos”. Nesta cafetaria também são tidos em conta os pequenos pormenores, como a opção por palhinhas reutilizáveis, em aço inoxidável – urge reduzir o consumo de plástico, certo? –, ou a atenção especial para com os turistas. “Como vamos recebendo muitos estrangeiros, gostamos de lhes apresentar algumas sugestões de passeios na cidade”, adianta o casal.

Neste espaço cabe ainda uma garrafeira com “vinhos de todas as regiões, em especial de quintas e produtores mais pequenos e que não estão disponíveis nas grandes superfícies”, vincam. Cuidado idêntico tiveram na escolha do café que é servido na casa. “Apostámos no Santos e Knafla, um café artesanal, muito saboroso e agradável, que é produzido aqui bem próximo, em Coimbra”, acrescenta Jerónimo Gonçalves.

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