Associação que gere domínios .pt deixa de vender endereços directamente ao público

As mudanças vieram com a entrada em vigor das novas regras de privacidade europeia, mas a DNS.pt diz que não é uma consequência directa do novo regulamento.

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Desde o início de 2018, já foram registados mais de 47 mil endereços em ".pt" Mal Langsdon / Reuters

A associação DNS.pt, que gere o domínio de topo de Portugal (o ".pt"), vai deixar de vender estes endereços directamente ao público.

Com a mudança, quem quiser registar um site com um endereço a terminar em ".pt" terá de pagar a empresas privadas – conhecidas como registrars – que se dedicam à comercialização destes endereços e que por sua vez pagam à associação DNS.pt. Para os utilizadores, pouco muda. Qualquer pessoa vai continuar a poder pagar para registar um ".pt", desde que este esteja livre. Porém, em vez do registo poder ser feito directamente com o DNS.pt passa a ser feito, apenas, junto daquelas empresas, que funcionam como revendedores.

A informação, que foi noticiada primeiro pela revista Exame de Informática, surge detalhada num documento publicado no site da associação a propósito das mudanças das novas regras de privacidade europeias, que entraram em vigor a semana passada.

Questionada pelo PÚBLICO, fonte oficial do DNS.pt disse que não havia nada a acrescentar sobre o tema e que mais informação seria publicada durante o próximo mês. A associação ressalva, porém, que a mudança não é uma consequência directa do Regulamento sobre a Protecção de Dados (RGPD).

Com o RGPD, o DNS.pt explica que é preciso realizar “os necessários ajustamentos ao articulado das Regras de Registo de Nomes de Domínio de .PT vigente”. Este regulamento estabelece as regras relativas ao tratamento, por uma pessoa, uma empresa ou uma organização, de dados pessoais relativos a pessoas na União Europeia

Desde o início de 2018, já foram registados mais de 47 mil domínios em ".pt", com o domínio de topo em Portugal a ser um dos que mais cresce na Europa. No último ano, o crescimento foi de 12% face ao cenário europeu de 4%.

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