Ex-director executivo da Volkswagen acusado de fraude

Martin Winterkorn está acusado dos crimes de fraude electrónica e conspiração nos EUA.

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LUSA/FELIPE TRUEBA
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As autoridades norte-americanas acusaram formalmente o ex-director executivo da Volkwagen, Martin Winterkorn, de fraude electrónica e conspiração (com outros executivos e funcionários da empresa) por violar a "Clean Air Act" – uma lei para controlar os níveis de poluição atmosférica.

O antigo director executivo arrisca-se a uma pena até cinco anos de prisão e uma multa de 250 mil dólares (cerca de 208 mil euros) pelas acusações de conspiração. A isso junta-se a possibilidade de ser preso para cumprir pena até 20 anos e pagar uma multa de 25 mil dólares (20 mil euros) por fraude. Winterkorn é a nona pessoa a ser acusada neste caso. Dois dos envolvidos foram considerados culpados e estão actualmente presos. Seis deles ainda estão na Alemanha e não podem ser extraditados para cumprir pena.

De acordo com o Governo norte-americano, é esse o caso de Winterkorn. Por essa razão é improvável que venha a ser julgado presencialmente ou que venha a ser preso, escreve a Associated Press. A Alemanha não permite a extradição dos seus cidadãos para países fora da União Europeia.

Winterkorn pode ser julgado na Alemanha porque está na lista de 37 suspeitos a serem investigados pelo escândalo das emissões de dióxido de carbono desde 2017, pelos procuradores da cidade de Braunschweig.

A acusação norte-americana alega que Winterkorn sabia da fraude das emissões em Maio de 2014 e que voltou a ser avisado em Julho de 2015, mas que “concordou, em conjunto com outros executivos da VW que iriam continuar a perpetuar a fraude e enganar os reguladores norte-americanos”.

A agência de Protecção Ambiental dos EUA determinou, em 2015, que a Volkswagen manipulou o seu software de maneira a que o dispositivo que mede as emissões de poluentes nos motores dos veículos a gasóleo funcionasse apenas em testes. Na estrada, continuavam a emitir gases perigosos em valores acima dos limites legais. A empresa alemã admitiu a fraude, que envolveu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo.

Winterkorn demitiu-se pouco depois do escândalo se tornar conhecido.

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