Rainha de Inglaterra pede à Commonwealth para eleger o príncipe Carlos como seu chefe

Downing Street explicou que haverá uma votação na sexta-feira, mas o cargo só fica vago quando a rainha sair do trono, ou morrer.

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LUKAS COCH/EPA
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A rainha Isabel II pediu nesta quinta-feira aos líderes da Commonwealth que elejam o seu filho Carlos, herdeiro do trono britânico, como chefe, em sua substituição.

O lugar não é hereditário e não passa automaticamente para Carlos quando a mãe morrer, ou no caso de abdicar. Porém, os líderes vão decidir, já nesta sexta-feira, quem será o sucessor, explicou o gabinete da primeira-ministra britânica - sendo que só chegará ao lugar depois da morte da monarca. E a rainha pediu aos 53 líderes reunidos na cimeira que decorre em Londres que escolham o filho mais velho - "dar-me-á muito prazer", disse, que "um dia", seja ele o chefe.

"É um grande prazer recebê-los, desta vez, em minha casa", disse a monarca no discurso de abertura da cimeira, que se realiza de dois em dois anos, e junta 46 chefes de Governo, sendo os restantes participantes ministros dos Negócios Estrangeiros. "É o meu mais sincero desejo que a Commonwealth continue a oferecer estabilidade e continuidade às futuras gerações, e que decida que um dia o príncipe de Gales continue o importante trabalho que o meu pai começou em 1949".

Anteriormente conhecida como Commonwealth britânica, é uma organização intergovernamental composta por 53 países membros independentes. À excepção de Moçambique, Ruanda e Namíbia, todos faziam parte do Império britânico.

A cimeira deste ano é dedicada aos temas da conservação dos oceanos, da cibersegurança e do comércio dentro desta comunidade - que assume um papel cada vez mais importante para o Reino Unido que está em processo de separação da União Europeia. 

"A Commonwealth é uma organização única, com uma grande diversidade de vida selvagem, de meio ambiente e de zonas costeiras", disse a primeira-ministra britânica, Theresa May, incitando os países a juntarem-se à guerra contra o desperdício do plástico e à poluição dos mares. Entre as medidas que o Reino Unido quer adoptar está a criação de uma política de tara para os recipientes de bebidas.

O príncipe Carlos disse que a organização tem "um papel vital a desempenhar": "Rezo para que esta reunião não só revitalize os laços entre os nossos países, mas que renove a relevância dos cidadãos da Commonwealth."

No total, a organização representa 2,4 mil milhões de pessoas. 

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