“É uma discussão sem sentido. Fiz com Montenegro o mesmo que fiz com Passos”

Líder parlamentar do PSD reage às críticas pela forma como abordou a despedida do deputado Luís Montenegro.

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Fernando Negrão LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Um “epifenómeno” e uma “discussão sem sentido”. É assim que o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, reage às críticas de que foi alvo nas últimas horas pela forma como se despediu de Luís Montenegro, que na quinta-feira abandonou o Parlamento.

“É uma discussão sem sentido. Fiz com Montenegro rigorosamente o mesmo que fiz com Passos Coelho - usei o tempo do PSD porque o elogio devia partir do tempo do PSD, para dirigir palavras de despedida”, disse Fernando Negrão, em declarações à TSF nesta sexta-feira.

No início do debate quinzenal de quinta-feira, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, não escondeu os desencontros com Montenegro – “além de adversários leais ficámos bons amigos” –, mas também deixou um elogio: “É muito jovem, sei que vai continuar a intervir no espaço público e isso só enriquece [o debate]”. É habitual haver uma ronda de intervenções, mas só falou o próprio Montenegro e o líder da bancada do CDS, Nuno Magalhães. Fernando Negrão, líder da bancada do PSD, só se dirigiu a Montenegro mais tarde, desejando-lhe felicidades, na primeira intervenção no debate quinzenal, o que deixou muitos deputados indignados, como o PÚBLICO noticia nesta sexta-feira.

A estas críticas, Fernando Negrão reage agora, afirmando que partiram de “meia dúzia de deputados” dentro da bancada. O líder parlamentar admite ter sido mal interpretado mas diz que esta polémica não passa de um “epifenómeno”. “Não pode ter as proporções que está a ter, porque não tem justificação para isso”, argumentou nas mesmas declarações à TSF.

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