Celebrar o Oriente em família, sem ir mais longe que Alcântara

Este ano comemoram-se os 30 anos da Fundação do Oriente (18 de Março) e os 10 do Museu do Oriente (8 de Maio) e por isso o museu está em festa, em parceria com oito países diferentes, com uma programação destinada a todas as idades.

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Nuno Ferreira Santos
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É domingo no Museu do Oriente e a recepção não tem descanso com a quantidade de pessoas que entra e se põe na fila para ter obter o seu bilhete gratuito para visitar o espaço. Chegam famílias com pequenos curiosos, casais de exploradores ou mesmo intrépidos indivíduos que vêm à aventura porque, neste dia, todos vêm com o propósito de celebrar os 10 anos do museu.

A ideia por trás do Museu Em Festa é mostrar o quão vasto e diverso é o Oriente. Para tal, todos os domingos, de 16 de Março a 27 de Maio (com excepção do Domingo de Páscoa), coloca-se o foco num país diferente, através de parcerias com embaixadas e associações de oito países asiáticos.

Os contemplados são (por ordem) a Índia, a Coreia, as Filipinas, a Tailândia, o Japão, o Bangladesh, a China e Timor e a programação tem por base uma abundância de workshops, palestras e actividades para crianças.

“Este trabalho resume estes dez anos de vida do museu e o percurso que fizemos em torno destes países”, dá conta Margarida Mascarenhas, técnica do serviço educativo do Museu do Oriente. “De alguma forma estamos todos a celebrar — tanto os colaboradores como o público — com uma programação que se destina a todas as idades, fazendo o museu de todos.”

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Joana Gonçalves

A programação para a pequenada teve início no primeiro país do roteiro, a Índia, com uma actividade (“Saris e Serpentinas”) dedicada a bebés dos 12 aos 24 meses e em todos os domingos que se seguirão haverá iniciativas destinadas a crianças, para que não fiquem de fora da festa.

No passado dia 25 de Março celebrou-se o dia da Coreia com actividades desenvolvidas em parceria com a Embaixada da Coreia e mais especificamente com Jin Sun Lee, da secção cultural da representação.

As actividades começam bem cedo com a experiência de Hanbok, o traje tradicional da república. Miúdos e graúdos experimentam a fatiota — utilizada ainda hoje em celebrações como o casamento, o primeiro aniversário de um bebé ou o ano novo —, posando posteriormente para fotografias de recordação, em tradicionais poses coreanas.

Segue-se uma manhã bem repleta, com workshops de caligrafia coreana, uma oficina de máscaras de Hahoe para crianças dos seis aos dez anos e uma visita-jogo para toda a  família, no âmbito do Ano Europeu do Património Cultural, denominada “Se estas paredes falassem”.

Durante a tarde decorrem três sessões de contos tradicionais coreanos, cada um com uma história diferente e rica, relatados por uma contadora vestida com Hanbok e, na sala Tóquio, há jogos tradicionais em grupos onde se fala em simultâneo português e inglês.

Um dos destaques do dia é o workshop de hanji gongye, dado pela própria Jin Sun Lee. Esta técnica de trabalhar papel permitiu aos participantes sair do museu com uma nova taça forrada a papel hanji, levando para casa uma recordação do dia em que (quase) visitaram a Coreia.

“Penso que é uma iniciativa interessante para divulgar uma cultura diferente de maneira acessível e vê-se que as crianças gostam bastante — já que há muitas actividades em que podem participar”, afirma Jin Sun Lee.

Na próxima paragem do roteiro, dia 8 de Abril, celebram-se as Filipinas e a partir daí segue-se viagem pelo Oriente. A programação contará ainda com um Street Food Festival a 20 de Maio.

Todas as actividades do programa de aniversário são gratuitas (com excepção dos espectáculos ou cursos em que consta a informação do preço do bilhete ou inscrição) e a participação deve ser garantida mediante inscrição no próprio dia.

O horário completo de actividades pode ser consultado em http://www.museudooriente.pt/?

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Joana Gonçalves

Texto editado por Sandra Silva Costa

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