Contas da Associação Mutualista Montepio aprovadas por unanimidade

Tomás Correia afirmou ainda que a Santa Casa da Misericórdia "será um grande parceiro", mas que a decisão final cabe à instituição e não ao Montepio.

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O presidente da Associação Mutualista Montepio, António Tomás Correia JOSÉ SENA GOULÃO

As contas individuais da Associação Mutualista Montepio, referentes ao exercício de 2017, foram aprovadas esta quinta-feira por maioria, segundo indicou o presidente da instituição. "Foram aprovadas por larga maioria com cerca de 440 votos a favor e 20 votos contra", disse Tomás Correia, que falava aos jornalistas no final da assembleia geral dos associados da Associação Mutualista, que decorreu em Lisboa.

Conforme indicou o responsável, a reunião decorreu de forma "tranquila", apesar de notar a existência de vozes "discordantes". "Foi uma reunião muito tranquila, obviamente que há sempre vozes discordantes, mas o que é importante é que no final há solidariedade nas decisões da maioria", vincou.

Em causa estavam, nomeadamente, as contas individuais da Associação Mutualista referentes a 2017, em que apresentou lucros de 587,5 milhões de euros, bem acima dos 7,4 milhões de euros de 2016. Já os capitais próprios ficaram no ano passado positivos em 510 milhões de euros, a contrastar com os 251 milhões de euros negativos de 2016.

Para estes resultados contribuíram créditos fiscais de 808,6 milhões de euros, de que a Mutualista passou a beneficiar por em 2017 ter passado a pagar IRC (o imposto aplicado sobre os lucros das empresas). A existência destes créditos fiscais provocou polémica nas últimas semanas, com críticas de vários partidos.

Já sobre a entrada da Santa Casa da Misericórdia para a Caixa Económica, Tomás Correia referiu que "será um grande parceiro", porém, garantiu que a decisão final cabe à entidade e não ao Montepio.

"O Conselho geral da associação mutualista deliberou, há cerca de 15 dias, que poderíamos ceder até 2% do capital da caixa económica a instituições da economia social. Nós consideramos que a Santa Casa é também da economia social e será, com certeza, um grande parceiro. [No entanto], a decisão será da Santa Casa e não nossa", explicou.

A assembleia-geral da Associação Mutualista contou com cerca de 500 associados, do universo de mais de 600 mil.

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