Era para ser uma semana, já lá vão dois meses: eléctrico 28 tarda em regressar aos carris habituais

O abatimento do piso em Alfama obriga a trajectos alternativos e os utentes a fazer transbordo de transporte.

Fotogaleria
Nuno Ferreira Santos
Fotogaleria
Nuno Ferreira Santos
Fotogaleria
Nuno Ferreira Santos
Fotogaleria
Nuno Ferreira Santos
Fotogaleria
Nuno Ferreira Santos

Famoso pelo seu trajecto, o eléctrico 28 está há quase dois meses desviado da sua rota e ainda não se sabe quando regressará ao trajecto habitual entre o Martim Moniz e os Prazeres. A culpa foi de um abatimento do piso na Travessa de São Tomé, no final da Rua das Escolas Gerais, que obrigou a Carris a encontrar alternativas para uma situação que só deveria levar uma semana para ser solucionada. Mas afinal ainda não há fim à vista.

A 19 de Janeiro, os avisos colocados nas imediações do percurso em Alfama eram esperançosos: "Devido a abatimento de via, fica interdita ao trânsito a Rua das Escolas Gerais nos dois sentidos até à próxima quarta-feira, 24 de Janeiro”. No entanto, a intervenção para detecção do problema fez escorregar os prazos, que já foram estendidos até ao final de Março. A obra, segundo a Carris, está a cargo da Câmara Municipal de Lisboa.

O abatimento, que se deu devido à rutpura de um colector, colocou um forte constrangimento sobre uma das mais populares carreiras de eléctrico de Lisboa, o que levou a Carris a fazer vários ajustes nos serviços oferecidos. Assim, há eléctricos a funcionar entre o Martim Moniz e os Prazeres, circulando pela Calçada dos Cavaleiros até à Travessa de S. Tomé. No regresso, devido à interrupção naquela zona, os veículos têm de fazer o percurso da carreira 25 pela Lapa, Conde Barão, Praça do Comércio e Martim Moniz.

Em concreto, entre os Prazeres e o largo de Camões pode-se circular de eléctrico mas daí até às Portas do Sol, o percurso faz-se em mini-bus. Por sua vez, os passageiros que utilizam o elécrico na Graça, Sapadores, Rua Maria Andrade, Almirante Reis e Rua da Palma têm o serviço assegurado até ao Martim Moniz.

Os moradores das Escolas Gerais são os mais penalizados, uma vez que é impossível que o eléctrico por ali circule, o que os obriga a fazer um percurso a pé para apanharem um autocarro ou eléctrico.

A Carris assegura que desta forma “serve quase todos os clientes da carreira 28, embora alguns deles tenham que fazer um transbordo”, sendo que esse é assegurado sem qualquer penalização tarifária.

No Diário do Tripulante, um blog com assinatura de um dos condutores da empresa, é ainda dado conta que o rol de queixas dos utilizadores tem sido extenso e que os turistas se têm mostrado confusos perante esta situação, que não lhes é explicada ou descrita em qualquer lado.

Sem data concreta para a conclusão da obra, no site da Carris prevê-se que a situação se mantenha "até final do mês de Março” e ao PÚBLICO fonte da empresa deu conta que “o serviço será reposto logo que a câmara conclua a obra de reparação”.

Quando questionada acerca do prazo previsto para a conclusão da obra, a Câmara Municipal de Lisboa não facultou qualquer resposta.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar