Na Dinamarca, país da felicidade, ser mãe contribui para a desigualdade salarial

A desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres ronda os 20%, identifica estudo da London School of Economics e da Universidade de Copenhaga.

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Nuno Ferreira Santos

Ser mãe é um dos factores que mais contribui para a desigualdade salarial na Dinamarca, concluiu um estudo da London School of Economics e da Universidade de Copenhaga. Ter filhos aumenta em cerca de 20% a desigualdade nos rendimentos entre homens e mulheres, indica o estudo.

O estudo, divulgado esta terça-feira pelo diário espanhol ABC, analisa o impacto da maternidade na desigualdade de género na Dinamarca, e revela que ter filhos afecta de forma negativa o desenvolvimento profissional das mulheres, em comparação com os homens. A longo prazo, significa uma diminuição nos salários auferidos e maior dificuldade de afirmação dentro das empresas. A “penalização pela maternidade”, como lhe chamam, aumenta consoante o número de filhos que a mulher decide ter.

De acordo com o estudo, esta penalização transmite-se de geração em geração, de pais para filhas, mas não para filhos. O ambiente em que as crianças crescem molda as suas preferências, nomeadamente as das raparigas por áreas como a família, em detrimento da carreira profissional.

Nos primeiros lugares nos rankings da felicidade – em 2016, foi considerada a nação mais feliz do planeta; no que diz respeito à igualdade de género, a Dinamarca também é uma referência, pelo menos de acordo com o ranking da US News, em colaboração com a consultora BAV e o Wharton College, da Universidade da Pensilvânia, que considera o país nórdico como um dos melhores para se ser mulher. 

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