CAP quer plano de emergência nacional e Governo não diz que sim

Agricultores alertam para os efeitos da seca extrema que já se faz sentir neste mês. Governo não aceita de imediato sugestão de plano de emergência e aponta para medidas já tomadas

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Ricardo Lopes

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal quer um plano de emergência nacional devido à actual situação de seca e, em resposta, o Governo destaca as várias medidas que já foram adoptadas.

Numa reacção às previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam para a redução da área de cultivo dos cereais de inverno para um mínimo histórico devido à seca, Eduardo Oliveira e Sousa defende, numa entrevista ao jornal de Negócios, que a situação "tem de ser combatida com um plano de emergência nacional envolvendo vários ministérios".

Questionado pela Lusa sobre se o Governo estaria disposto a avançar com um plano de emergência nacional, o ministério da Agricultura lembrou que têm sido adoptadas, desde o ano passado, várias medidas no âmbito da situação de seca que o país atravessa como por exemplo a criação de uma linha crédito, de um Plano Nacional de Regadios e de um Plano de Prevenção, Monitorização e Contingência para Situações de Seca.

"Tendo em conta que as alterações climáticas são determinantes para o futuro da agricultura, o Governo adoptou um Plano Nacional de Regadios que criará 90 mil hectares de novos regadios até 2021. Trata-se de um investimento no montante de 534 milhões de euros, dos quais 150 milhões estão já em execução", destacou o ministério.

Contudo, para a CAP a linha de crédito não é suficiente. Ao Negócios, o presidente da CAP pedia acções concretas e estudadas com o sector, uma vez que o problema não se coloca apenas no cultivo, mas na pecuária.

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