Investimento em I&D deve mais do que duplicar até 2030

Conselho de Ministros fixou nova estratégia para a inovação tecnológica e empresarial para vigorar entre 2018 e 2030. Um dos objectivos é garantir que exportações assegurarão metade do PIB já na primeira metade da próxima década.

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Exportações deverão pesar 50% do PIB PAULO PIMENTA

O Governo fixou em Conselho de Ministros uma nova estratégia para a inovação tecnológica e empresarial para Portugal que passa pelo aumento do investimento público e privado nesta área, estabelecendo como meta principal atingir um investimento global em Investigação e Desenvolvimento (I&D) de 3% até 2030, ou seja, mais do que duplicar. 

De acordo com as estatísticas divulgadas pela Pordata, as despesas em actividades de investigação e desenvolvimento em percentagem do PIB no ano de 2016 representaram 1,27%, com o Estado a assegurar a mais magra das fatias: 0,07%. As empresas asseguravam a maior fatia, com 0,61%, logo seguidas das instituições de ensino superior (0,57%)

Numa reunião integralmente dedicada à inovação e conhecimento, e que decorreu esta quinta-feira no Centro de Excelência e Inovação da Industria Automóvel (CEIIA), em Matosinhos, o Conselho de Ministros estabeleceu que dois terços daquele investimento deve corresponder a despesa privada, ficando o investimento público a assegurar o restante.

A nova estratégia para a inovação tecnológica e empresarial deve entrar em vigor já este ano também para estimular as condições de emprego qualificado em Portugal no contexto internacional. Uma outra meta que aparece também bem definida é a intenção de alcançar um volume de exportações equivalente a 50% do PIB já na primeira metade da próxima década.

Recorde-se que num dos estudos mais recentes elaborados pela Comissão Europeia relativos a esta matéria demonstrou que o financiamento público em investigação e inovação (I&I) assume um papel fulcral, por permitir um retorno do investimento em cerca de 20%.

A “democratização do acesso ao ensino superior” também aparece inscrita nesta estratégia, preconizando níveis de participação na ordem dos 60% entre os jovens de 20 anos, para além de prever que metade da população na faixa etária dos 30-34 anos tenha também acesso total ao ensino superior. Aproximar os níveis de investimento em capital de risco à média da Europa e reforçar a atracção de investimento directo estrangeiro (IDE) também são objectivos mencionados, apesar de não quantificados.

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