Director da PSA diz que portagens podem inviabilizar investimento

Valor de portagem indexado à altura dos veículos prejudicará o novo modelo K9, cuja produção está programada para a unidade portuguesa.

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Nelson Garrido / Arquivo

O director-geral do grupo automóvel PSA, em Mangualde, alertou nesta quinta-feira que o actual modelo de pagamento das portagens, indexado à altura dos veículos, poderá colocar em causa o investimento na fábrica de Mangualde.

Em conferência de imprensa, Alfredo Amaral, responsável comercial para Portugal, explicou que o futuro furgão comercial ligeiro, denominado actualmente pelo nome de código K9, poderá chegar a um máximo de produção de 100 mil veículos anualmente, dos quais 20% destinados ao mercado nacional. Mas como esta viatura tem mais de 1,10 metros de altura e no modelo actual de portagens será incluída na classe dois, pagando assim mais, o responsável previu que não terá vendas significativas em Portugal. Questionado sobre se esta situação coloca em perigo o investimento na fábrica de Mangualde, o mesmo responsável respondeu afirmativamente.

“Não queremos nenhuma excepção, queremos é que a regulamentação mude”, sublinhou Alfredo Amaral, referindo a necessidade de uma resposta oficial “antes do final de Junho”, para não haver impacto na fábrica de Mangualde.

Caso se mantenha a situação, a primeira consequência será no emprego, com a possibilidade de o novo terceiro turno, com mais de 200 trabalhadores e a laborar a partir de Abril, terminar em Outubro, altura em que se deve iniciar a produção do novo modelo.

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