Facebook cresceu menos do que se esperava mas continua a dominar

Numa altura em que o Facebook está a ser alvo de várias críticas, Mark Zuckerberg classificou o ano de 2017 como "difícil" mas também "forte".

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LUSA/SASCHA STEINBACH

O Facebook registou um crescimento ligeiramente mais lento do que o esperado no que respeita aos utilizadores diários e revelou que as alterações feitas no feed de notícias fez com que as pessoas reduzissem o tempo gasto na rede social.

As acções da empresa caíram 3% nesta quinta-feira, após a apresentação destes resultados. De acordo com a empresa, cerca de 1400 milhões de pessoas utilizam a rede social diariamente segundo os dados obtidos até dia 31 de Dezembro. Vários analistas estimavam que 1410 milhões utilizariam o Facebook todo os dias até ao final de 2017.

“2017 foi um ano forte para o Facebook, mas também um ano difícil. Em 2018, estamos focados em garantir que o Facebook não é só divertido de usar, mas também bom para o bem-estar das pessoas e para a sociedade”, disse o fundador e presidente do Facbook, Mark Zuckerberg, em comunicado.

A receita total do ano passado aumentou 47% para os 40.650 milhões de dólares e as receitas de publicidade atingiram os 12.780 milhões de dólares, superando as expectativas dos analistas, e reforçando mais uma vez o papel dominante do Facebook no que respeita ao mercado publicitário na Internet.

Estes números chegam numa altura em que o Facebook tem estado sob intenso escrutínio nos Estados Unidos pelo papel que poderá ter tido na proliferação de notícias falsas que alegadamente tiveram origem na Rússia com o objectivo de influenciar os resultados das eleições presidenciais de 2016.

De forma a responder as estas preocupações, o Facebook anunciou uma série de alterações com o objectivo de combater as notícias falsas, dando, por isso, prioridade aos posts das pessoas e a meios de comunicação social “confiáveis”. Espera-se que este conjunto de medidas faça com que os conteúdos noticiosos representem 4% do total de conteúdos partilhados – até agora representavam 5%.

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