Principal concorrente de Sissi às eleições presidenciais detido

Sami Anan foi acusado de violar as regras do serviço militar e de ter falsificado documentos para se poder candidatar.

Foto
Amir Anan foi acusado de falsificação de documentos Reuters/POOL New

O ex-chefe do Exército e candidato presidencial Sami Anan foi detido esta terça-feira e suspendeu a sua campanha, deixando o actual Presidente, Abdul Fattah al-Sissi, praticamente sem oposição.

Anan foi detido pelo Comité Supremo das Forças Armadas sob acusação de ter forjado documentos na altura em que se reformou e que não pediu autorização das Forças Armadas para concorrer às eleições.

Anan foi o responsável máximo do Exército entre 2005 e 2012, e era visto como o candidato com maior possibilidade de competir com Sissi nas eleições de Março. Nos últimos meses, vários outros candidatos têm retirado o seu nome do boletim de votos ou têm sido afastados.

As Forças Armadas acusam Anan de violar de forma “frontal as regras e os regulamentos do serviço militar” e de estar a tentar dividir o país.

Um porta-voz da candidatura negou que Anan tenha violado qualquer lei e disse à Reuters tratar-se de uma "interpretação errada" da sua declaração de candidatura.

Quando anunciou a sua candidatura, Anan criticou Sissi de estar a entregar o controlo de esferas civis aos militares.

Com o afastamento do ex-chefe militar, a recondução de Sissi a um segundo mandato parece assegurada. O analista Omar Ashour disse à Al-Jazira que é provável que o Presidente concorra contra um candidato “que não tenha tanto apoio no terreno ou junto dos militares”.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários