África do Sul faz protesto formal contra declarações de Donald Trump

Ministério dos Negócios Estrangeiros pediu à embaixada norte-americana que explique o uso da palavra "merdosos" pelo Presidente dos EUA.

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O Botswana chamou o embaixador norte-americano Reuters/JOSHUA ROBERTS

A África do Sul entregou um protesto formal à embaixada dos Estados Unidos em Pretória contra os comentários atribuídos ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que se terá referido ao Haiti e a países africanos como “merdosos”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-africano disse que os comentários em causa são “rudes e ofensivos”, e salientou que Trump não os desmentiu de forma categórica – o Presidente norte-americano disse que usou linguagem “dura” e disse que não usou “essas palavras”, não especificando quais.

“As relações entre a África do Sul e os Estados Unidos, e entre o resto de África e os Estados Unidos, têm de assentar no respeito mútuo e na compreensão”, disse o ministério num comunicado.

De acordo com o mesmo comunicado, o Governo sul-africano pediu à embaixada dos Estados Unidos em Pretória que explique os comentários atribuídos a Donald Trump.

Para além da África do Sul, muitos outros países africanos – e não só – criticaram a forma como o Presidente norte-americano se referiu a eles durante uma reunião na Casa Branca, na quinta-feira da semana passada. Nessa reunião, segundo várias fontes anónimas e o senador Dick Durbin, do Partido Democrata (que esteve no encontro), Trump perguntu porque é que os EUA continuam a receber pessoas “de países merdosos”, como o Haiti e países africanos.

Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Botswana tomou a rara decisão de chamar o embaixador norte-americano, em protesto, e disse que as declarações de Trump são “racistas”.

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