Candidato à concelhia do PSD/Lisboa quer "novo ciclo de unidade" para o partido

Eleições estão marcadas para 13 de Janeiro, data em que o PSD escolherá, entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio, quem será o próximo presidente do partido.

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Miguel Manso

O candidato à presidência da concelhia de Lisboa do PSD, Paulo Ribeiro, considerou ser necessário um "novo ciclo de unidade" para o partido na capital, pondo de lado as "guerras internas dos últimos tempos".

"O PSD em Lisboa precisa de virar a página, precisa de iniciar um novo ciclo que seja um ciclo de unidade, de diálogo e de fim das guerras internas que temos vindo a viver nos últimos anos, e que têm afastado os militantes da militância e da vida partidária", afirmou o candidato à agência Lusa esta sexta-feira, no âmbito da apresentação da sua candidatura.

Paulo Ribeiro é o único candidato conhecido à presidência da Comissão Política de Secção da concelhia de Lisboa do PSD. O eleito da Assembleia de Freguesia da Estrela anunciou a sua candidatura a 14 de Dezembro e apresenta-a oficialmente na noite desta sexta-feira num hotel da capital.

As disputas internas que acabam por ter "visibilidade na opinião pública", prejudicam "o valor da marca PSD junto do seu eleitorado, e é de facto necessário inverter este caminho", vincou o candidato.

Paulo Ribeiro apontou então que na capital "é necessário voltar a chamar os militantes, é necessário voltar a trabalhar com todos e envolver toda a gente, promovendo a participação, a discussão e a tomada de decisão de acordo com aquilo que são as regras que deveriam sempre vigorar, e que nem sempre vigoram". É esta a "mensagem central" que quer deixar aos militantes, que irão pronunciar-se a 13 de Janeiro.

Quanto aos objectivos para o futuro, o candidato pretende contribuir para a "eleição do próximo presidente do partido primeiro-ministro de Portugal em 2019" e "iniciar um caminho que possa levar o PSD a ganhar a Câmara Municipal de Lisboa em 2021". Na sua opinião, "reorganizar o partido em Lisboa e promover uma militância activa em prol do debate e construção de ideias, e de propostas para a cidade e para o país é a forma de lá chegar".

Questionado sobre a inexistência de outras candidaturas conhecidas até ao momento, Paulo Ribeiro lembrou que, "até quarta-feira, de acordo com as regras estatutárias do partido, é possível que surjam outras candidaturas".

"Caso surjam outras candidaturas, os militantes terão oportunidade de escolher entre aquelas que se apresentarem", considerou, salientando porém que a sua candidatura é "abrangente, mobilizadora e, portanto, será uma candidatura vencedora".

Paulo Ribeiro, de 49 anos, é militante social-democrata desde 1993, é coordenador do Gabinete de Estudos da Distrital de Lisboa e delegado à Assembleia Distrital de Lisboa do PSD, foi presidente da Comissão Política do Núcleo da Lapa e é também conselheiro nacional. Esta é a segunda vez que se candidata à liderança da concelhia da capital, depois de o ter feito em 2012.

O processo de escolha de Teresa Leal Coelho como candidata à câmara de Lisboa nas últimas eleições autárquicas gerou polémica nas estruturas locais, com Mauro Xavier a demitir-se no final de Abril da presidência da concelhia em discordância com a estratégia. Após a saída de Mauro Xavier, Rodrigo Gonçalves ficou presidente interino.

Sobre os eleitos nas autarquias da capital Paulo Ribeiro afirmou que não ter críticas a apontar, mas considerou ser necessário "resolver as questões existentes internamente".

"A última campanha eleitoral deixou algumas marcas que temos de saber ultrapassar", admitiu, reforçando que quer trabalhar "com todos os autarcas eleitos, nas freguesias, na Assembleia Municipal e na vereação para construir um projecto mobilizador para a cidade de Lisboa, sem reservas e sem condicionamentos".

Também a 13 de Janeiro, o PSD escolherá o seu próximo presidente, em eleições directas, entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio.