Realizador Paul Haggis acusado de violação por duas mulheres

O primeiro caso já tinha dado origem a um processo judicial. Agora, uma outra mulher garante que foi violada por Haggis e outras duas relatam o assédio que sofreram às suas mãos.

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Paul Haggis Danny Moloshok/Reuters

Há quatro mulheres que acusam o realizador Paul Haggis, vencedor de um Óscar da Academia norte-americana com o filme Crash, de assédio sexual e violação. Já tinha dado entrada um processo judicial contra Haggis por violação e foi isso que motivou outras três mulheres a contarem à Associated Press o que passaram às mãos do realizador e produtor de Hollywood.

Uma das mulheres que falou à AP, sem se identificar, diz que Haggis a forçou a realizar sexo oral e que de seguida a violou no chão do escritório dela. A denunciante afirma que o caso aconteceu quando tinha 28 anos e numa altura em que trabalhava na comunicação num programa de televisão produzido por Haggis em 1996. Juntamente com a mulher que acusa o realizador no processo judicial, esta é a segunda acusação de violação contra o canadiano.

Uma outra mulher afirmou à AP que conseguiu fugir às investidas do realizador, mas que antes disso o ouviu dizer: “Eu tenho de estar dentro de ti”. Uma outra denunciante garante ainda que o realizador a tentou beijar na rua e que a perseguiu depois de se ter posto em fuga. Ambas relatam que Haggis se tornou cada vez mais agressivo perante as suas recusas.

Todas as mulheres que denunciam agora estes casos estavam no início de carreira na indústria do entretenimento e os casos relatados terão acontecido entre 1996 e 2015. A advogada do realizador, Christine Lepera, negou todas estas acusações, afirmando que “ele nunca violou ninguém”.

O realizador de Crash e argumentista de filmes como Million Dollar Baby ou Cartas de Iwo Jima tinha já contestado o processo judicial que existe contra si, afirmando ainda que a denunciante e a respectiva advogada tinham exigido o pagamento de nove milhões de dólares para não serem apresentadas queixas legais, o que Haggis considerou um caso de extorsão.

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