Cantora acusa antigo director de campanha de Trump de agressão sexual

A cantora norte americana Joy Villa acusou Corey Lewandowski após um incidente numa festa de celebração do primeiro ano da presidência de Donald Trump.

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O incidente ocorreu no Trump International Hotel no dia depois do Dia de Acção de Graças Reuters/MARIO ANZUONI

Joy Villa, cantora e possível candidata ao congresso, disse ter apresentado uma queixa de agressão sexual contra Corey Lewandowski, ex-director de campanha de Donald Trump, noticia o jornal Guardian. Em causa está o toque indesejado, por duas vezes, nas nádegas da cantora durante um evento em Washington, em Novembro. Lewandowsky tinha sido despedido muito antes deste sucedido, em Junho de 2016. 

A cantora e apoiante de Trump, que tinha usado um vestido com o slogan de campanha de Trump, “Make America Great Again” na cerimónia dos Grammys deste ano, disse esta terça-feira que planeia encontrar-se com detectives de Washington na próxima semana. Referiu ainda que de início se sentiu relutante, preocupada com algum tipo de represália, indica o mesmo diário inglês. Porém, na véspera de Natal, falou com a polícia metropolitana de Washington, depois de um amigo que terá testemunhado o incidente ter falado do assunto publicamente e outros amigos a terem aconselhado a avançar com a queixa.

Sobre o sucedido, Villa explicou: “Não o conhecia de todo. Rompeu a minha confiança.” O incidente ocorreu no Trump International Hotel, 24 horas depois do Dia de Acção de Graças, e durante uma cerimónia destinada a assinalar o primeiro ano da presidência de Trump. Segundo Villa, Lewandowski tocou-lhe com “muita força”, repetindo o gesto mesmo depois de a cantora lhe ter pedido para parar. “Senti que foi repugnante, traumático e humilhante”, descreveu.

Villa, que pondera candidatar-se a um lugar no congresso da Flórida, disse ter pensado primeiro que se tratava de assédio sexual, mas que depois a polícia esclareceu que, quando o gesto envolve tocar numa parte do corpo de natureza sexual, esse acto é tipificado criminalmente como uma agressão sexual. A cantora disse ainda que lhe foi explicado que a agressão será considerada como um delito leve.

“De início estava com medo em avançar com isto”, continuou a cantora, explicando que não queria trazer vergonha para a família de Lewandowski nem para a sua. “Apercebi-me de que ele não me ia pedir desculpa, por isso acho que é o certo a fazer.”

Em Março de 2016, Corey Lewandowski envolveu-se numa altercação com uma repórter, após uma conferência de imprensa na Flórida. As queixas foram depois retiradas. Lewandowski foi despedido da campanha de Trump, em Junho de 2016.

Villa falou ao jornal Politico e explicou os receios iniciais: “Senti que Lewandowski poderia difamar-me. Pensei que poderia estragar as minhas hipóteses. Ele tem poder e influência e é próximo do Presidente. Queria jogar pelo seguro e evitar o drama”, relatou, acrescentando que decidiu finalmente falar, depois de ver como várias mulheres têm contado as suas histórias e experiências sobre assédio sexual por parte de homens poderosos. A cantora espera assim ajudar outras mulheres que tenham passado por situações semelhantes.

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