PAN quer Protecção Civil com condições para salvar animais em catástrofes

Nos incêndios de Outubro morreram 500 mil animais de pecuária

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Adriano Miranda

O PAN questionou esta quarta-feira, 20 de Dezembro, se os 500 mil animais de pecuária mortos nos fogos de Outubro já são suficientes para alterar "a total inércia do Estado", dando à Protecção Civil condições para salvar animais nas catástrofes.

"Em Junho, no âmbito das negociações do pacote da reforma da floresta, o PAN propôs ao Governo a criação de uma Unidade de Salvação e Resgate Animal em contexto de incêndios, composta por várias equipas que incluiriam médicos veterinários e outros profissionais, integrada na Autoridade Nacional de Protecção Civil. O Governo não aceitou", disse o deputado único do PAN, André Silva, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República.

Depois do chumbo no último orçamento de uma proposta no mesmo sentido, André Silva recordou que "dados oficiais da semana passada, referem que morreram mais de 500 mil animais de pecuária nos grandes fogos de Outubro".

"Senhor primeiro-ministro, a magnitude destes números é já suficiente para o Governo mudar de posição sobre a total inércia do Estado nesta matéria e da necessidade de a Protecção Civil ter condições para dar uma primeira resposta de salvação e resgate aos animais em caso de catástrofe", questionou.

Na resposta, António Costa recordou que "na sequência da comissão técnica independente designada pela Assembleia da República está a ser implementado um sistema de gestão integrado de incêndios rurais que tem diferentes valências".

"No conjunto dessa reforma será considerado necessariamente o conjunto de intervenções que é necessário para a protecção do conjunto de valores, bens que têm que ser protegidos e também dos animais. Chamo a atenção que 98% dos animais vítimas dos incêndios estão em aviário, o que significa que mais do que resgate animal tem a ver com a protecção das próprias instalações", disse o primeiro-ministro.

 

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