Refugiados: a casa de Layla é onde ela se sente segura

O mar que banha a costa do Maine, nos Estados Unidos, acalma Layla e os filhos, que se demoram nas horas a observar o movimento das ondas atlânticas. Dali não se vê nenhum dos países pelos quais já passaram, mas é naquela região norte-americana que Layla diz sentir-se em casa. No vídeo acima, a voz de Layla narra um percurso difícil, que se inicia na sua terra, situada na região Somali da Etiópia. Pelo meio, sete anos na Arábia Saudita, um curto período passado na Síria (até à guerra civil surgir) e outra fuga, desta vez para a Turquia, a última paragem antes do Maine.

 

Esta é a história de uma família de refugiados, mas podia ser a de muitos outros que, nos últimos anos, fugiram de guerras e perseguições para procurar (e encontrar) a segurança que o Ocidente pode oferecer. Agora, essa “busca” está ameaçada pelas restrições ao realojamento de refugiados nos Estados Unidos, algo que tem pautado o trabalho da administração de Trump desde a sua eleição. Mais recentemente, no início de Dezembro, os EUA anunciaram a saída de um pacto global para a protecção de refugiados e migrantes e a quota de refugiados do país vai descer de 110 mil para 45 mil, refere a National Public Radio. Sarah Blume, do International Refugee Assistance Project (IRAP), diz que o objectivo do vídeo é mostrar que, caso tivessem encontrado estas restrições, “Layla e a sua família não conseguiriam alcançar a segurança”, cita o Mashable