Youthquake é a palavra do ano para os dicionários Oxford

A mudança política e social impulsionada pelas gerações mais jovens inspirou a escolha deste ano.

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LUSA/JUAN CARLOS CARDENAS

A palavra do ano dos Oxford Dictionaries é “youthquake”. A expressão, que traduz uma mudança social, cultural ou política significativa consequente das acções ou influência das gerações mais jovens, viu a sua utilização aumentar 401%.

As eleições no Reino Unido e na Nova Zelândia são dois dos exemplos citados pela editora dos Oxford Dictionaries. Os dois sufrágios ficaram marcados por uma forte adesão dos jovens, que se mobilizaram para apoiar os partidos da oposição, escreve o Guardian.

A palavra foi a preferida de entre nove expressões. Na lista constavam “Antifa” (referente ao movimento ani-fascista) e “kompromat”, que, em russo, significa literalmente “material comprometedor”, utilizado para chantagem, tipicamente para fins políticos. “Vamos atingir Donald Trump com o nosso kompromat”, ameaçava em Setembro o político russo Nikita Isaev, num canal russo.

Normalmente, a palavra do ano é adicionada aos Oxford Dictionaries, mas “youthquake” já estava listada. A popularização do termo remonta à década de 1960, quando a editora da Vogue Diana Vreeland a usou para descrever o impacto das gerações mais jovens na transformação da moda e da música.

Casper Grathwohl, presidente da Oxford Dictionaries, reconhece que a escolha “pode não ser a mais óbvia”. No blogue explica que se trata de uma selecção baseada no seu significado político, que acrescenta uma nota de esperança.

A maioria das palavras na lista de possibilidades traduzem o clima de “desconfiança” e “frustração”, analisa a lexicógrafa Susie Dent, citada pelo jornal britânico. “Com a youthquake encontramos alguma esperança no poder de mudar as coisas”, acrescenta.

Em 2016 os dicionários de Oxford escolheram como palavra do ano “pós-verdade”, um termo cuja utilização aumentou em cerca de 2000% em comparativamente a 2015.

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