Vídeo de urso polar esquelético alerta para alterações climáticas

Um vídeo de um urso polar desesperado por encontrar comida está a emocionar o mundo.

Um urso polar, esquelético e cambaleante, desesperado por encontrar comida. É isso que mostra um vídeo que tem sido partilhado insistentemente nas redes socias em todo o mundo, acabando por personificar as consequências das alterações climáticas. As imagens foram captadas pelo fotógrafo e biólogo Paul Nickel, da National Geographic, e pelo grupo de cineastas que o acompanha, pertencentes ao grupo de conservação animal Sea Legacy na Ilha de Baffin, a maior do Ártico do Canadá e a quinta maior do mundo.

As imagens remontam ao final do Verão e, segundo Paul Nickel, o urso estaria a morrer de fome. O biólogo e fotógrafo tem-se dedicado nos últimos anos a mostrar os efeitos das alterações climáticas na vida dos ursos polares. Foi através de uma publicação efectuada esta semana no Instagram que as imagens do urso polar começaram a correr mundo. As imagens são impressionantes mas, segundo o fotógrafo, é preciso partilhar quer “o belo, como o que nos parte o coração se queremos derrubar os muros da apatia.”

“Toda a minha equipa estava em lágrimas a testemunhar esta cena”, descreveu. “Os músculos atrofiam. Não há energia. É uma morte lenta e dolorosa.” Segundo Paul Nickel, o urso deverá ter morrido algumas horas, ou dias, depois. Numa entrevista ao National Geographic confessou que teve vontade de intervir. "Claro que isso me passou pela cabeça, mas não é como se eu andasse por ali a carregar uma arma com um tranquilizante e 200 quilos de carne de foca". E acrescentou, mesmo que isso acontecesse, só iria prolongar o sofrimento do animal e nada mais.

"Quando os cientistas dizem que os ursos polares vão ser extintos, quero que as pessoas saibam o que isso significa. Os ursos vão morrer à fome". Ao contar a história, Paul Nickel quis alertar para as consequências das alterações climáticas, apelando a uma mudança de atitude, que passe pela redução da pegada de carbono e por parar o abate de florestas, ou seja, colocar o mundo, a nossa casa, sempre em primeiro lugar.

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