Ex-Presidente Saleh morto por rebeldes houthis

Apoiantes de Saleh confirmam notícia. Grupo rebelde e ex-governante eram aliados de conveniência até à semana passada.

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Combatenets festejando a morte de Saleh YAHYA ARHAB/EPA
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Habitanets de Sanna a a retirar os seus bens d euma casa perto da residência do ex-Presidente KHALED ABDULLAH/Reuters
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A televisão iémenita mostrou imagens do corpo YAHYA ARHAB/EPA

O ex-Presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh, foi assassinado pelos rebeldes houthis, avançam os órgãos de comunicação controlados pelo grupo.

A informação já foi também confirmada pelos apoiantes de Saleh, diz a estação de televisão saudita Al-Arabiya. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o corpo de alguém muito parecido com o ex-Presidente, que governou o Iémen durante 35 anos, e combatentes armados ao seu lado.

O líder houthi, Abdul Malik al-Houthi, saudou a morte de Saleh como um "dia grande, excepcional e histórico", mas prometeu não procurar vingar-se dos apoiantes do ex-Presidente iemenita.

Desde a semana passada que as milícias houthis têm combatido as forças de Saleh em Sanaa. O grupo rebelde explodiu a casa de Saleh na capital do país, mas, segundo dirigentes do seu partido, o ex-Presidente foi morto durante um ataque, com recurso a granadas de morteiro e armas de fogo, fora da capital.

No início do conflito iemenita, Saleh e os seus apoiantes juntaram-se aos houthis para derrubar o Presidente eleito em 2012, Abed Rabbo Mansour Hadi.

Há três anos, os houthis conseguiram tomar Sanaa e desde então o Iémen está envolvido numa guerra civil que já fez mais de dez mil mortos. O conflito entrou numa fase mais complexa com a intervenção directa de uma coligação regional liderada pela Arábia Saudita que tenta evitar a subida ao poder dos houthis, que diz serem apoiados militarmente pelo Irão.

Na semana passada, os desentendimentos entre os rebeldes houthis e Saleh aprofundaram-se e a capital iemenita transformou-se em campo de batalha entre os antigos aliados. No sábado, o ex-Presidente disse estar preparado para apoiar Hadi caso a coligação árabe acabasse com os bombardeamentos aéreos e suspendesse o bloqueio que tem privado a população de acesso a comida e a medicamentos.

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