Espião acusado de vender segredos de Estado em silêncio no início do julgamento

A audiência foi curta pois os dois inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da PJ que iam ser ouvidos não compareceram.

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As próximas sessões de julgamento estão marcadas para os dias 29 e 30 deste mês Diogo Baptista

O funcionário do Serviço de Informações de Segurança (SIS) Carvalhão Gil não prestou esta quinta-feira declarações na primeira audiência de julgamento, no qual está acusado de espionagem, violação de segredo de Estado e corrupção activa e passiva agravadas.

Juntamente com Carvalhão Gil está acusado o funcionário do Serviço Externo da Federação Russa (SVR) Sergei Nicolaevich Pozdniakov, do qual se desconhece o paradeiro, tendo esta quinta-feira o tribunal criminal decidido desanexar o processo.

Fonte ligada ao cao explicou que a audiência desta quinta-feira foi curta porque estava prevista a audição de dois inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da PJ que não compareceram.

As próximas sessões de julgamento estão marcadas para os dias 29 e 30 deste mês.

Frederico Carvalhão Gil e o espião russo ter-se-ão encontrado pelo menos três vezes e o português terá vendido informações cobertas por segredo de Estado às quais tinha acesso pelo seu trabalho no SIS.

Segundo o Ministério Público, na posse do oficial do SVR foi encontrado e apreendido um documento manuscrito que lhe havia sido entregue pelo funcionário do SIS, contendo informação que foi considerada protegida pelo segredo de Estado.

Ao funcionário do SIS foram apreendidos diversos documentos e objectos, bem como a quantia de 10 mil euros, verba que lhe havia sido entregue pelo oficial do SVR, como contrapartida das informações que indevidamente tinha recebido, segundo a acusação.

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