Ministro da Saúde lamenta perturbação por recolha de corpo no velório

Adalberto Campos Fernandes refere, porém, a importância de "que o Ministério Público cumpra o seu trabalho e compreenda o que falhou ou correu mal".

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O corpo de uma das vítimas mortais do surto de Legionella foi recolhido pela PSP quando estava a decorrer o velório em Campo de Ourique Pascal Rossignol / Reuters

O ministro da Saúde lamentou nesta quarta-feira o "incómodo e perturbação" causado à família da vítima de Legionella que se encontrava a ser velada na terça-feira, quando a polícia recolheu o corpo para autópsia.

Adalberto Campos Fernandes lembrou contudo que "é fundamental que o Ministério Público cumpra o seu trabalho e compreenda o que falhou ou correu mal" no surto de Legionella no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

O ministro falava aos jornalistas à margem do primeiro fórum do Conselho Nacional de Saúde, que está a decorrer em Lisboa.

Campos Fernandes disse não ter tido ainda ocasião de falar com a Procuradoria-geral da República, mas lamentou "a forma perturbada como tudo aconteceu".

O corpo de uma das vítimas mortais do surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, foi recolhido pela PSP quando estava a decorrer o velório em Campo de Ourique, por ordem do DIAP.

Segundo a mesma fonte, a situação "foi desconfortável", mas teve que ser cumprida.

Fonte do Comando Nacional da PSP confirmou à Lusa que o corpo foi recolhido durante o velório, explicando que se tratou de cumprir um "procedimento obrigatório".

O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse à Lusa fonte da família.

O Ministério Público anunciou que os elementos recolhidos originaram a abertura de um inquérito ao surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que já causou dois mortos e infectou pelo menos 35 pessoas.

"Os elementos recolhidos deram origem a um inquérito, que se encontra em investigação no DIAP [Departamento de Investigação e Acção Penal] de Lisboa", refere o Ministério Público em resposta enviada à agência Lusa.

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