Vão ser 1,8 milhões de euros para iluminar Natal e Fim de Ano na Madeira

Contrato assinado pelo governo madeirense está em linha com os valores praticados nos anos anteriores para o principal cartaz turístico da ilha.

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ricardo campos

A Madeira vai gastar 1,8 milhões de euros nas iluminações decorativas do Natal e do fim de ano, que é considerado o maior cartaz turístico da ilha.

O contrato, assinado esta semana pela secretaria regional do Turismo e Cultura, Paula Cabaço, inclui a montagem e desmontagem das iluminações desta quadra e abrange também as decorações do Carnaval de 2018, outro dos momentos turísticos do arquipélago.

O valor ajudicado está em linha com o praticado nos anos anteriores, mas os trabalhos de montagem, já admitiu o executivo regional, estão atrasados devido a questões processuais. Os concursos anteriores eram plurianuais, mas o deste ano foi anual obrigando a “procedimentos administrativos complexos”, justificou Paula Cabaço.

Tradicionalmente, as iluminações do Funchal acendem-se a 1 de Dezembro e este ano, garante Miguel Albuquerque não será excepção. “Vai estar pronto, nem que se trabalhe dia e noite”, disse no início desta semana o presidente do governo madeirense, à margem de uma visita a uma obra na zona Oeste da ilha, desvalorizando os atrasos. É preciso, frisou, que as regras sejam cumpridas e que o Tribunal de Contas aprove.

As decorações de Natal no Funchal motivam todos os anos muita expectativa da parte dos madeirenses, e não estão isentas de polémica. Em 2014, por exemplo, o governo contratou o arquitecto madeirense Paulo David, Medalha Alvar Aalto em 2012, para a concepção das iluminações, mas o resultado final acabou por ser bastante criticado pela opinião pública.

A proposta minimalista, com predominância na cor branca, que visava conciliar modernidade com tradição, contrastou com o colorido mais tradicional dos anos anteriores e não agradou. Soube-se depois que um dos problemas esteve na planificação do trabalho de montagem, que fez com que grande parte do desenho não fosse concretizado. A empresa responsável pela montagem foi obrigada a reforçar a iluminação para minimizar o fraco impacto visual, e viria a ver anulado o contrato para ano seguinte.

No ano seguinte, mais problemas. As quatro propostas recebidas ultrapassavam o preço base do concurso (dois milhões de euros), com o executivo a anular o procedimento e a optar pelo ajuste directo, após convidar os concorrentes a apresentarem novas propostas. O resultado foi uma providência cautelar de uma das empresas, a mesma que tinha estado no centro da polémica no ano anterior, e já depois do Natal, uma queixa da mesma empresa, entretanto declarada insolvente, na Procuradoria-Geral da República.

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