Perante o PS, Costa defende orçamento de continuidade

Em Coimbra, na Comissão Nacional do PS, António Costa salienta que OE2018 será, mais uma vez, um orçamento de reposição dos rendimentos das famílias

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António Costa falou na abertura da comissão nacional do PS LUSA/PAULO NOVAIS

No arranque da Comissão Nacional do PS, este sábado à tarde, António Costa falou muito sobre Orçamento do Estado e sublinhou que é um documento de "continuidade" que aposta "na estabilidade das opções políticas que têm dado bons resultados".

Para o secretário-geral do PS, que é também primeiro-ministro, o OE2018 vai contribuir para que a taxa de desemprego continue a descer, o crescimento económico seja histórico, o défice venha a ser o mais baixo em democracia e a redução da dívida não tenha paralelo. "Quando se está no caminho certo, só há uma opção: dar continuidade", disse.

A seguir, Costa lembrou que este orçamento prosseguirá a estratégia de reposição dos rendimentos, nomeadamente através da diminuição da carga fiscal (desaparece a sobretaxa, são criados dois novos escalões e sobe o mínimo de subsistência até ao qual não se paga IRS), da melhoria dos rendimentos dos pensionistas e do aumento real do poder de compra.

Não só de orçamento falou António Costa. Aliás, o início da sua declaração foi dirigida aos autarcas do PS, aos que foram eleitos e aos que se candidataram às eleições autárquicas nas listas do partido. O secretário-geral dos socialistas deu os parabéns a todos os que contribuiram para que o partido tivesse tido "uma grande noite eleitoral" a 1 de Outubro.

"O PS é hoje o único partido que tem uma verdadeira representação autárquica em todo o território nacional", registou Costa. É o único partido, acrescentou, que pode dizer que não falhou nenhum distrito e nenhuma região autónoma. "Temos a maior câmara (Lisboa) e o município mais pequeno (Barrancos). Estamos no litoral e no interior. Temos peso urbano e rural. O PS é o grande partido nacional em Portugal", disse, recebendo fortes aplausos dos representantes socialistas no maior órgão entre congressos.

Depois, Costa falou de descentralização. "Este vai ser um mandato autárquico diferente porque vai ser o da descentralização, que vai mesmo avançar". Até aqui, refere, a "competição eleitoral" minou a capacidade para gerar consensos. "Agora é tempo de pormos mãos à obra". Até 9 de Dezembro, anunciou o primeiro-ministro, haverá um grande esforço para fechar o acordo entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses para o Parlamento poder votar a nova legislação.

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