Presos da oposição pedem aos venezuelanos para votarem em massa no domingo

Realizam-se as eleições regionais, em que serão eleitos 23 governadores.

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O candidato da Mesa de Unidade Democrática no estado de Barinas, Freddy Superlan, em campanha RICARDO MORAES/Reuters

Um grupo de 18 presos da oposição venezuelana escreveu uma carta aos cidadãos pedindo-lhes para, no domingo, votarem em massa e escolherem a Mesa de Unidade Democrática (MUD). Realizam-se eleições regionais e esta aliança dos partidos de oposição querem eleger o maior número possível dos 23 lugares de governador.

“Pedimos ao povo que participe em massa nas eleições votando pelos candidatos da Mesa da Unidade Democrática”, diz a carta, citada pelo jornal venezuelano El Universal

A carta é assinada, entre outros, pelos ex-presidentes de câmara de San Cristobal, Daniel Ceballos, e Iribarren, Alfredo Ramos(destituído), e pelo dirigente da oposição Yon Goicoechea. O documento apela “à maior mobilização jamais vista na Venezuela, neste 15 de Outubro”, com o objectivo de "castigar" o Presidente Nicolás Maduro e os seus candidatos pela sua "incapacidade perante os graves problema do país".

Os 18 opositores dizem ter "esperança" que os cidadãos se exprimam com "rebeldia" no domingo. "Hoje não votamos porque estamos em democracia, votamos para não desistir da democracia", consideram, acrescentando que as regionais, que foram adiadas várias vezes, só se realizam devido aos protestos nas ruas, entre Abril e Julho "e pela pressão da comunidade internacional".

 Actualmente, apenas três regiões são governadas pela oposição, que venceu as legislativas e dominava o Parlamento - além de estar a atravessar uma crise económica e social, o país atravessa uma crise política e oficialmente o órgão legislativo está suspenso desde a criação da Assembleia Constituinte; os deputados da oposição, porém, continuam a reunir-se.

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