Procurador turco pede 15 anos de prisão para activistas

Justiça acusa grupo de 11 pessoas, incluindo a responsável local da Amnistia Internacional. Estavam numa conferência sobre segurança digital.

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Idil Eser, directora local da Amnistia Internacional, foi presa em Junho, com outros sete activistas

Um procurador do Ministério Público da Turquia deu o primeiro passo no processo legal contra um grupo de 11  activistas de direitos humanos, acusando-os de terrorismo e pedindo uma pena de 15 anos de prisão.

Oito dos acusados, incluindo a directora local da organização de defesa de direitos humanos Amnistia Internacional, Idil Eser, e dois estrangeiros, o alemão Peter Steudtner e a sueca Ali Gharavi, ficaram detidos na sequência da conferência, em Junho.

A acusação diz que ajudaram organizações terroristas em alegadas comunicações com grupos curdos, de extrema-esquerda, e do líder religioso Fethullah Gülen, que vive nos EUA e que Ancara acusa pela tentativa de golpe de Estado em 2016.

O Governo de Erdogan diz que os críticos não entendem a ameaça que o país enfrenta após a tentativa de golpe de Julho do ano passado, durante o qual houve mais de 240 mortos, e assim justifica o estado de emergência e as medidas excepcionais.

O regime levou a cabo uma purga, detendo mais de 50 mil pessoas e suspendendo 150 mil dos empregos em áreas como educação ou direito – aproveitando para afastar os críticos, entre os quais muitos jornalistas: foram detidos cerca de 160 jornalistas e 150 órgãos de comunicação social fecharam.

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