Dinamarca prepara-se para restringir a utilização da burqa e do niqab

Maioria dos partidos dinamarqueses estão a favor da medida. Mas ainda está a ser discutida a forma como vai ser aplicada.

Foto
Reuters/LEONHARD FOEGER

A Dinamarca prepara-se para se tornar o próximo país europeu a restringir a utilização da burqa e do niqab, utilizados por algumas mulheres muçulmanas, depois de a maioria dos partidos com assento no Parlamento dinamarquês terem apoiado a medida.

Os véus que tapam parcialmente ou totalmente a cara, como é o caso da burqa e do niqab, dividem a opinião pública na Europa, com argumentos de liberdade religiosa de um lado e, do outro lado, de que este tipo de indumentária é um sinal da opressão da mulher.

O niqab tapa toda a cara com excepção dos olhos, sendo que a burqa tapa também os olhos através de um véu transparente.

A França, Bélgica, Holanda, Bulgária e o estado alemão da Baviera aprovaram algumas restrições à utilização de véus que tapem totalmente a cara em espaços públicos.

“Esta não é uma restrição da indumentária religiosa, é uma restrição de mascarar”, disse Jacob Ellemann-Jensen, porta-voz do Partido Liberal, aos jornalistas nesta sexta-feira depois de o partido, o maior da coligação governamental, ter decidido apoiar a medida.

A decisão vai afectar a utilização do niqab e da burqa, explicou ainda Ellemann-Jensen. Cerca de 200 mulheres na Dinamarca utilizam este tipo de indumentária.

O Governo dinamarquês de centro-direita, que é fruto de uma coligação de três partidos com os aliados do Partido Popular Dinamarquês e o principal partido da oposição, os Sociais-Democratas, anunciaram que estão a favor das restrições, apesar de ainda estar a ser discutida a forma como esta medida vai ser aplicada.

Sugerir correcção
Ler 48 comentários