Cristas já fala em ser “uma verdadeira alternativa às esquerdas unidas”

A conquista da sexta câmara e o histórico segundo lugar em Lisboa embalaram a líder centrista para extrapolar para o país.

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Miguel Manso

A sede nacional do CDS cheirava a festa mesmo antes das primeiras projecções serem conhecidas, mas quando a noite já ia alta, como a autoestima dos centristas, Assunção Cristas desceu à rua para ombrear com o PSD. “Sinto que em Lisboa somos certamente o líder da oposição e a nível nacional trabalharemos para também ser”, afirmou no palco montado no largo Adelino Amaro da Costa, no meio dos cânticos e das bandeiras da JP.

“O que queremos é crescer para reforçar o centro-direita em Portugal e ser uma verdadeira alternativa às esquerdas unidas”, reforçou Assunção Cristas, não fosse alguém não ter percebido bem. Foram palavra ditas em directo para todas as televisões, numa espécie de conferência de imprensa improvisada para os últimos directos.

O Largo do Caldas estava bastante composto, a juventude azul e branca mantinha a energia com que acompanhou a líder durante toda a campanha, eram 23h15 e a líder centrista já falara na sala principal da sede uma hora e meia antes.

Com metade das freguesias apuradas, a líder centrista avançou tomara a dianteira dos líderes partidários para a declaração da noite. Afinal, a leitura de resultados que lhe interessava não era a do total dos votos ou o número de mandatos – esses não são campeonatos para o CDS -, mas sobretudo os seus próprios resultados em Lisboa e a aposta no apoio a Rui Moreira, no Porto.  

“Esta é uma noite histórica para o CDS”, disse, afirmando que a sua estratégia tinha sido vencedora. “Valeu a pena começar há muito tempo, calcorrear as ruas, estar próximo das pessoas. Esta postura só agora está a começar”, garantiu. Isto depois de recordar que logo no congresso em que foi eleita, em Março de 2016, tinha afirmado que “as eleições autárquicas não eram de menor importância”. “Assim fizemos e fizemos muito bem. Os resultados estão à vista”, insistiu.

A líder centrista afirmou que as cinco câmaras do CDS – Albergaria-a-Velha, Vale de Cambra, Ponte de Lima, Velas e Santana (Açores) - já estavam garantidas, reforçou que os resultados em Lisboa, “são os melhores desde 1976” e que, em Lisboa, o partido estava à beira de triplicar o número de vereadores, já que tinha apenas um e pode eleger três. No Porto, frisou também que a aposta no apoio à candidatura independente de Rui Moreira foi a certa. Acabaria por ganhar ainda mais uma autarquia, Oliveira do Bairro, precisamente o lugar onde, em Setembro do ano passado, anunciou a sua candidatura a Lisboa.

Depois, extrapolou para o país: “Podem contar comigo em Lisboa e no país, podem contar com o CDS. O CDS está forte, está a crescer. Começamos nos Açores, as primeiras eleições da minha liderança, e está na rota ascendente”.

Ao seu estilo, Assunção Cristas distribuiu agradecimentos a toda a equipa, à Juventude Popular – que a interrompia a cada frase para gritas palavras de apoio -, aos independentes que se juntaram ao CDS, mas tinha uma mensagem especial para os eleitores. “Muitos sei que votaram no CDS pela primeira vez, sejam bem vindos, Não vamos defraudar o vosso voto, vamos superar as expectativas”, prometeu.

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